A Cisco Systems terminou o seu terceiro trimestre fiscal de 2009, que se encerrou em 25 de abril, com uma queda de 21% no lucro, que totalizou US$ 1,3 bilhão, ou US$ 0,23 por ação. A cifra ficou bem abaixo do ganho US$ 1,8 bilhão, ou US$ 0,29 por ação, registrado pela companhia no mesmo período do exercício fiscal anterior. Excluindo os custos de compensação baseados em ações e outros itens, os ganhos seriam US$ 0,30, ou seja, US$ 0,05 acima da previsão dos analistas. As vendas da fabricante de equipamentos de redes no trimestre caíram 17%, para US$ 8,2 bilhões, pouco abaixo do estimado pelos analistas, que haviam projetado vendas de US$ 8,1 bilhões.
Apesar do recuo, o lucro ainda ficou dentro das expectativas de Wall Street de que o mercado já dá sinais de estabilização. O CEO da Cisco, John Chambers, disse que os clientes estão "finalmente vendo algo razoavelmente sólido sob seus pés" e que a própria companhia tem verificado uma melhora no mercado, declarou ao New York Times.
Para o trimestre em curso, o executivo disse que ainda espera uma queda nas vendas entre 17% e 20% na comparação com um ano antes, e que trabalha com uma estimativa de receita de US$ 8,3 bilhões a US$ 8,6 bilhões. Chambers disse que, embora o volume de pedidos no terceiro trimestre tenha sido inferior ao de um ano atrás, ele não tem se deteriorado mês a mês. Ele reconhece que a companhia teve o volume de pedidos duramente atingidos com a desaceleração econômica, mas observou que as elevadas margens e o seu enorme caixa têm poder deixá-la relativamente intacta durante a crise.
A Cisco tem controlado os gastos com rédeas curtas após a última queda no balanço, mas tem evitado demissões. No trimestre, foram dispensados 760 empregados, o que está dentro do turnover de épocas normais, deixando a empresa com 66.558 trabalhadores.
- Ganho menor