Ao comentar as críticas de que a velocidade de acesso à internet oferecida pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) seria muito baixa, o coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, diz que a proposta do governo condiz com a realidade atual do país. "Poderíamos fazer um discurso fácil, dizer que começaríamos direto com 3 mega por cada consumo individual de wireless [internet sem fio], mas isso seria falso e os custos seriam outros", disse Alvarez em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
De acordo com o que foi anunciado na quinta-feira, 6, pelo governo, o plano vai oferecer velocidade de acesso à internet entre 512 Kbps e 784 Kbps. Mas, segundo Alvarez, essa oferta deverá ser ampliada no futuro. "Ainda falta muito, mas vamos construir a rede, dar capilaridade a ela, fazer os acordos, ter mais serviço, ter mais competição. A possibilidade de incrementar a capacidade das redes é uma consequência natural", afirma, lembrando que o plano prevê um incremento anual de 10% da capacidade média.
Até o fim do ano, usuários de cem cidades poderão acessar a internet em alta velocidade por no máximo R$ 35 mensais. Alvarez diz que a reativação da Telebrás, que irá gerenciar a instalação do plano, deve demorar até dois meses. O quadro da empresa deverá ser formado por cerca de 80% de funcionários da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além de técnicos do Ministério das Comunicações.
Também não está descartada a possibilidade de aproveitar profissionais aprovados em concursos da Anatel, do Ministério das Comunicações e do Planejamento para compor o quadro. "A antiga Telebrás tem um corpo técnico e funcional altamente qualificado e que está hoje atuando no setor", diz Alvarez.
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