Pesquisadores e cientistas poderão usar gratuitamente o supercomputador Santos Dumont para realizar estudos sobre o novo coronavírus, causador da covid-19. Trata-se do maior supercomputador da América Latina e está localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) recebe, a partir de hoje (7), inscrições de projetos, pela internet.
O supercomputador é capaz de chegar ao processamento total de aproximadamente 5,1 quatrilhões de operações matemáticas por segundo. Os pesquisadores terão acesso gratuito ao software Parabricks da NVIDIA Enterprise para otimizar o tempo na busca de uma vacina ou um medicamento.
O Parabricks é capaz de reduzir o tempo de análise de um genoma humano inteiro de dois dias para menos de uma hora, o que poderá ajudar no entendimento da evolução do vírus e do desenvolvimento de vacinas.
De acordo com o responsável pela Coordenação de Tecnologia da Informação e Comunicação do Laboratório Nacional de Computação Científica, Wagner Vieira Leo, atualmente, estão sendo conduzidas três pesquisas relacionados ao coronavírus, pela Universidade Federal de Juiz de Fora, pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo próprio LNCC.
"A gente espera que outras pesquisas venham a usar o supercomputador", disseWagner Leo, ressaltando que o software é uma ferramenta que tem sido elogiada pelos pesquisadores: "Vai ajudar muito na busca da cura."
Leo explica que o acesso à máquina é feito de forma remota, pela internet. Os interessados em usar essas ferramentas para pesquisas relacionadas ao novo coronavírus devem enviar o projeto pelo link https://jems.sbc.org.br/Paper.cgi?c=3557&track=8039 com o formulário oficial.
Além das pesquisas sobre o coronavírus, o supercomputador é usado em cerca de 150 projetos que atendem a exploração de petróleo e gás, carvão mineral e energias renováveis, desenvolvimento de fármacos para HIV, estudos sobre clima, e pesquisas dos vírus zika e da dengue.
O LNCC é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e faz parte da Rede Vírus, criada em março para mobilizar unidades de pesquisa, institutos de Ciência e Tecnologia e laboratórios em resposta à emergência da covid-19. A rede reúne especialistas, representantes de governo, agências de fomento do ministério, centros de pesquisa e universidades. Com informações da Agência Brasil