O lucro líquido do banco BV somou R$ 321 milhões entre janeiro e março deste ano. A cifra é 14,1% maior que a registrada no mesmo período do ano passado. O melhor resultado é reflexo da queda da inadimplência e do aumento da carteira de crédito do varejo, sobretudo do financiamento de veículos.
O ROE manteve a trajetória de crescimento com aumento de 1 ponto percentual sobre o primeiro trimestre de 2023 alcançando 10%. A expansão é fruto da prudência na concessão de crédito, com foco em produtos com garantia e melhor perfil de risco, que vem surtindo efeito positivo na qualidade da carteira. O índice de inadimplência recuou 0,3 ponto percentual para 4,9% sobretudo por conta da queda dos índices da carteira do varejo. Desta forma, o custo de crédito do BV caiu 20,3% no período.
"O desempenho do BV no primeiro trimestre reforça que, passado o período mais crítico de endividamento das famílias, temos crescido de forma consistente e com rentabilidade. A expansão, por mais um trimestre, da carteira de crédito, receita com serviços, eficiência operacional e do lucro demonstra nossa solidez financeira e força comercial", afirma Gabriel Ferreira, CEO do banco BV.
A carteira de crédito para financiamento de veículos leves usados, segmento no qual o BV é líder há 11 anos seguidos, encerrou o primeiro trimestre em R$ 43,8 bilhões, 15% superior à do mesmo período de 2023. O segmento de financiamento de veículos novos, pesados e motos também apresentou forte expansão no período, 21,9%, para R$ 4,7 bilhões. Por fim, a carteira de empréstimos com garantia de veículo (EGV), em que o BV também é líder, somou R$ 3,4 bilhões, 46% acima do primeiro trimestre de 2023. Com esses números, a carteira de crédito do varejo do banco subiu 9,3%, para R$ 61,9 bilhões no final de março. Já a carteira de crédito total do BV atingiu R$ 88 bilhões, expansão de 4,3%.
Num contexto de elevado número de recuperações judiciais e pressão de inadimplência das empresas, o banco adotou uma postura conservadora de priorização da rentabilidade. Com isso, a carteira de crédito do atacado teve queda de 6% sobre o primeiro trimestre de 2023, para R$ 26 bilhões. Além disso, a retração reflete o reposicionamento estratégico do banco de diversificação da carteira e pulverização de riscos. Foram destaque no trimestre os volumes de operações de dívida coordenadas pelo BV, de R$ 5,8 bilhões, e a segunda posição como maior distribuidor de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).
A receita de serviços e corretagem também contribuiu de maneira positiva para o resultado do BV com expansão de 44,1% frente ao primeiro trimestre de 2023. A emissão de prêmios de seguros totalizou R$ 419 milhões no primeiro trimestre, novo recorde. A expansão da unidade de seguros, juntamente com o negócio de Banking as a Service e a coordenação de emissão de dívidas impulsionaram as receitas de serviços em 34,4% para R$ 652 milhões.
O BV encerrou março com 5,5 milhões de clientes pessoas físicas, crescimento de 16,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O volume total de pagamentos teve aumento de 24,9%, para R$ 10 bilhões, em mais um trimestre de expansão do banco relacional.
"Mostramos mais um trimestre de crescimento robusto. Com conhecimento do perfil e da capacidade de pagamento dos nossos clientes, mantivemos a nossa conduta para uma oferta de crédito diligente e responsável, o que tem se refletido em menores taxas de inadimplência e queda no custo do crédito. Nosso índice de cobertura está em 161% e índice de Basileia, em 15,5%, 1,3 ponto percentual acima de um ano antes", afirma Ronaldo Helpe, diretor financeiro do BV. "Os dados indicam que o banco está numa posição competitiva vantajosa para capturar a melhora do cenário econômico e expansão do crédito no país e as perspectivas positivas que se desenham para este ano", conclui.