Os spywares, programas de software que instalados nos computadores monitoram o comportamento dos usuários na busca de informações pessoais e sigilosas ? como senhas -, têm preocupado as empresas e usuários. Na grande maioria das vezes, ameaças conhecidas como adwares, softwares que utilizam o Internet Explorer (IE) e pop-ups de anúncios direcionando o usuário a um site não desejado, fazem uso de spywares para se proliferarem.
Uma ameaça já conhecida por todos também está utilizando esse método para propagação. Trata-se dos keyloggers, programas que registram a atividade do teclado do computador do usuário para capturar informações confidenciais. A atual mistura dessas ameaças vem sendo um desafio para as empresas de segurança de conteúdo, pois esses programas interferem, principalmente, na privacidade e produtividade dos usuários.
O sinônimo que hoje melhor representa o spyware é o 'ganho financeiro' e, geralmente, essa ameaça envolve mais de um personagem em um único ciclo, como os "publishers", criadores dos softwares que planejam os efeitos que estes causarão ao serem instalados no computador, e os distribuidores, responsáveis pelo número de infecções causadas.
Diante cenário, a Trend Micro, fornecedora de produtos e serviços de antivírus e segurança de conteúdo para redes corporativas, realizou recentemente um estudo com base em dados do HouseCall, ferramenta on-line gratuita da empresa que rastreia, identifica e efetua a limpeza de máquinas infectadas com códigos maliciosos, e obteve dados surpreendentes da América Latina, inclusive do Brasil. Para se ter uma idéia, dos cinco países mais infectados por keyloggers o Brasil aparece em primeiro lugar, com 39%. Já na lista dos países mais infectados por adwares está a Argentina em quinto lugar, com 49%.
"Os spywares são cada vez mais representativos dentre as ameaças, principalmente pela motivação financeira de seus criadores e porque um sistema pode ser infectado por esse código malicioso de diversas formas", afirma Fábio Picoli, gerente de vendas da Trend Micro. "Embora 80% dos spywares venham de websites mal-intencionados, eles se propagam também por meio de outros vírus e ameaças virtuais. Além de eliminar os softwares espiões, é preciso manter o antivírus e o anti-spyware atualizados e ter uma solução ampla e integrada de segurança contra essas pragas, que aumentam diariamente", finaliza.