Cabo quer brigar em igualdade com teles nos EUA

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Patrick Esser, presidente da Cox Communications, uma das maiores operadoras de cabo dos EUA, foi duro em sua participação na Globalcomm 2006, tradicional evento de telefonia fixa que acontece esta semana em Chicago.

A Globalcomm, na tentativa de expandir sua abrangência, convidou este ano líderes de diferentes áreas da indústria de telecomunicações para virem ao evento e dar uma mensagem para a platéia.

Esser foi direto: "quando houve uma mudança regulatória em 1996, entramos no terreno das empresas de telefonia para competir. Construímos redes, entregamos serviços.

O que está acontecendo agora (as teles quererem entrar no mercado de TV com regras específicas) não é jogar limpo. Com base em um promessa tecnológica, eles dizem que querem entrar para competir no mercado de TV. Que venham, mas com as mesmas regras que nós seguimos", disse Esser para uma palestra de empresas de telefonia, que aplaudiu apenas diplomaticamente a fala do presidente da Cox.

Nos EUA, assim como no Brasil, há uma batalha de bastidores entre operadores de TV a cabo e teles em relação a que regras serão seguidas pelas empresas de telefonia na oferta de serviços de TV. A polêmica nos EUA, assim como no Brasil, está em relação às regras de licenciamento.

O Congresso norte-americano está sendo pressionado a liberar as teles para operarem em áreas maiores do que uma cidade, o que tornaria o processo de implantação das redes mais simples. As empresas de cabo alegam que não é justo mudar as regras desta maneira, porque elas não tiveram esse privilégio quando pediram.

"A indústria de cabo já é parceira da indústria de telefonia (no caso, com uma associação entre cinco dos maiores operadores de cabo e a Sprint) e estamos caminhando para o quad play. Se quiserem entrar no jogo, as teles precisam antes tentar oferecer o triple play, mas com as mesmas regras que valeram para nós".

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