Serviços de TI devem crescer 46% no Brasil até 2014

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O mercado brasileiro de serviços de TI deve movimentar cerca de US$ 15 bilhões neste ano, cifra que tende a crescer 46% até 2014, para cerca de US$ 22 bilhões, de acordo com estudo do Gartner divulgado nesta terça-feira,7. Segundo a consultoria, o Brasil hoje responde por aproximadamente 50% da receita do setor na América Latina, que neste ano deve atingir US$ 33 bilhões e em 2014, US$ 44 bilhões, uma expansão de 33%.
As projeções apontam que o Brasil e a América Latina vêm registrando crescimento mais acelerado que as demais regiões do globo, que, juntas, devem registrar expansão de 9,5%, saltando de US$ 862 bilhões neste ano para US$ 944 bilhões em 2014.
De acordo com Allie Young, vice-presidente de pesquisas do Gartner, a América Latina, que atualmente responde por 4% do mercado mundial de serviços de TI, deve representar 5% em 2014. Ela ressalta que o desempenho positivo do Brasil, resultante da aceleração da economia do país nos últimos dois anos, foi o principal motor de crescimento do setor na região.
Entre os maiores impulsionadores do crescimento do mercado de serviços de TI no Brasil, Allie cita a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpícos de 2016, além do aumento da demanda do mercado local. Já como as principais barreiras para a expansão do setor, a analista menciona o pequeno impacto dos servicos de TI nos negócios, por não estarem alinhados com o negócio consistentemente, a falta de estratégias de cloud computing e o baixo investimento das empresas em organização e gerenciamento de sourcing.
O baixo índice de adoção da computação em nuvem pelas empresas brasileiras foi, inclusive, motivo de surpresa para o Gartner, conta o vice-presidente de pesquisas da empresa, Cassio Dreyfuss. Segundo ele, em 2009, o país era aquele em que as empresas apresentavam a maior taxa de intenção de adoção de cloud comptuing. "Aí veio 2010 e nada. A adoção foi muito pequena. Depois de liderar em intenção em 2009, o Brasil já apareceu atrás de diversos países no ano passado", frisa.
Para corroborar isso, Dreyfuss cita uma recente pesquisa realizada pelo Gartner, a qual aponta que 80% dos CIOs no Brasil não têm intenção de desenvolver uma estratégia de cloud computing nos próximos três anos. O fato de os fornecedores mundiais de cloud ainda não terem trazido para o país todo portfólio de serviços que oferecem no exterior e a grande preocupação com a questão da segurança e a gestão são alguns dos aspectos listados por Dreyfuss para a falta de interessente dos CIOs brasileiros por computação em nuvem.

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