A Liga Ventures, em parceria com a Associação Brasileira de Logtech (ABLogtech) e apoio estratégico da PwC Brasil, anunciam o lançamento do mapa que mostra a evolução das startups no segmento logístico no país. O relatório faz parte do movimento Follow-on, criado pela Liga Ventures com o objetivo de ajudar as empresas e agentes do ecossistema a superarem o ano de crise por meio da inovação.
Ao todo foram mapeadas 239 logtechs que estão ativas e utilizam novas tecnologias, como a inteligência artificial, para automatizar processos, diminuir falhas, reduzir gastos, aumentar a produtividade e a satisfação dos seus clientes, e melhorar os processos de armazenagem.
O levantamento aponta as principais categorias das logtechs, como gestão de entregas (12,97%); marketplace de frete (11,30%); logística Last-mile (11,30%); logística reversa (10,46%); gestão de frotas (9,21%); inteligência de dados (9,21%); delivery on demand (7,95%); gestão de estoque (7,95%); gestão de carga (5,86%); armários inteligentes (4,18%), logística de cadeia fria (2,93%), gestão de combustível (2,09%); logística portuária (1,67%); gestão de pátio (1,67%) e dark store (1,26%).
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das startups mapeadas, onde 33% são emergentes; 29% estão nascentes; 24% estão estáveis e 14% disruptores. Já com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se geolocalização (16%); Data Analytics (14%); API (13%); Aplicação Mobile (12%) e Marketplace (10%). O estudo mostra que 73% das startups têm como foco o mercado B2B.
O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (51%); Minas Gerais (11%); Santa Catarina (10%); Paraná (5%); Rio de Janeiro (5%); Rio Grande do Sul (4%); Espírito Santo, Pernambuco e Bahia (3%) e Ceará (2%).
"O setor logístico está em constante transformação, e novas tecnologias trazem ganhos significativos para as empresas e melhoram o segmento de entregas no país, demanda gerada pelo comportamento mais imediatista dos consumidores. Nosso objetivo com esse material é apresentar as tendências e discutir como as tecnologias podem ser rapidamente adotadas pelas companhias", afirma Guilherme Massa, um dos fundadores da Liga Ventures.
Devido às incertezas macroeconômicas e ao crescimento acelerado do conceito de transformação digital, as marcas estão com anseios e dúvidas sobre como implementar as soluções inovadoras para que gerem, de fato, resultados financeiros positivos. "Queremos mostrar as categorias mais necessitadas de mudanças, as dificuldades enfrentadas pelos especialistas e quais as áreas que eles podem atuar mais facilmente, já que esse é um mercado muito promissor", reforça Massa.
Para realizar o estudo foi utilizada a ferramenta Startup Scanner, onde são considerados empreendimentos que estão ativos e/ou com rastro de atividade, em canais públicos e sociais, e com aparente produto/serviço que não esteja em fase de ideia ou concepção. Além disso, o mapeamento também considera as startups inativas, que são aquelas que deixaram de atender a um ou mais critérios citados no levantamento e/ou foram adquiridos por outras empresas ou mudaram de segmento. Atualmente, a base de dados conta com 85,66% de startups ativas e 14,34% inativas.
"A logística é estratégica para as empresas e para o país; é transversal, está em tudo! As Logtechs, por sua vez, trazem a inovação e a tecnologia como meio de transformação dessa área tão relevante", destaca Thiago Holanda, diretor presidente da Associação Brasileira de Logtechs (ABLogtech).
O executivo ressalta que a Ablogtech nasceu para construir e cocriar o ambiente ideal para essa transformação. "Acreditamos no aumento da competitividade do país pela eficiência logística, com pessoas, processos, tecnologia e inovação interligados. Por isso, nós inspiramos, colaboramos, geramos negócios, capacitamos, conectamos, promovemos impacto social positivo na sociedade e dialogamos com os órgãos reguladores e governamentais, e nossa parceria com a Liga Ventures e a PWC para a construção deste estudo destaca a importância do tema sob estes aspectos, reforçando a necessidade de termos dados confiáveis da nossa cadeia de suprimentos".