A Vivo, controlada pela Portugal Telecom e pela Telefônica, já perdeu mais de um terço do valor em bolsa desde que passou a integrar todas as empresas de telefonia móvel por meio da joint venture entre o grupo português e o espanhol no mercado brasileiro. Em 31 de março, data em que as participações passaram a ser cotadas em uma única empresa, a Vivo iniciou a negociação na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em R$ 9,15.
Nesta segunda-feira (7/8), as ações da operadora brasileira eram cotadas a R$ 5,52 ? uma queda de 39,6% em relação ao valor inicial, segundo informou a Agência Lusa. O valor mais alto atingido pelas ações da Vivo desde que foi anunciado o processo de integração foi de R$ 9,87, em 4 de abril. O valor mínimo foi de R$ 4,72, em 25 de julho, quatro dias depois de a operadora ter divulgado um prejuízo de R$ 672,4 milhões no primeiro semestre do ano ? 219,3% a mais que no mesmo período do ano passado.
A operação de consolidação de participações foi anunciada no fim do ano passado pela Portugal Telecom e pela Telefônica, que detêm em partes iguais a Brasilcel, empresa que controla a Vivo. O processo teve início em janeiro: a Telesp Celular Participações incorporou as demais empresas do grupo com ações cotadas em bolsa (Tele Sudeste Celular Participações, Tele Leste Celular Participações, Tele Centro Oeste Participações e Celular CRT Participações) e alterou o nome para Vivo Participações, cujos títulos começaram a ser negociados em março.
Após a reestruturação acionária, a Brasilcel passou a deter 62,5% do capital da Telesp Celular Participações (cotada como Vivo Participações). Até o fim deste ano, a empresa espera ter concluído o processo de integração operacional de todas as empresas em uma única operadora.