Segurança em hiperautomação: o "petróleo" da década

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Há um ditado popular que muitos de nós aprendemos em casa: prevenir é melhor que remediar. No ambiente corporativo, não é diferente. No setor de hiperautomação, trabalhamos com processos e, mais do que tudo, com informações estratégicas – muitas vezes, sigilosas – dos nossos clientes. Todo cuidado é, de fato, pouco.

A cultura da segurança, além de ser um diferencial competitivo, é um dos principais atributos pelos quais uma empresa de automação de processos precisa ser lembrada por seu público. Não é por acaso que, de acordo com uma previsão da Gartner, os gastos de usuários finais com segurança e gerenciamento de riscos em tecnologia da informação foram estimados em U$ 215 bilhões para 2024 – um incremento de 14,3%, na comparação com 2023.

Costumo dizer que a segurança de dados é o "petróleo" desta década – para não dizer das próximas. Quem não se deparou com algum colega de trabalho ou uma empresa que sofreu algum tipo de ciberataque ou perdeu acesso a dados da mais alta relevância? É um gargalo do nosso tempo.

Não precisamos ir muito além. Há bem pouco tempo, a mídia repercutiu à exaustão um apagão cibernético da Crowdstrike, que impactou diretamente – e de forma negativa – inúmeros setores, como o empresarial, saúde, tecnologia e governamental em menos de 12 horas. Essa "tela azul" foi responsável pelo cancelamento de voos internacionais, por tirar uma TV australiana do ar, pela suspensão de serviços de bancos em Israel, África do Sul e Austrália, entre outros inconvenientes.

Essa preocupação vem sendo destaque entre as empresas já faz um tempo. Não é coincidência que a cibersegurança supera outros assuntos, como inteligência artificial e cloud computing, nas prioridades que os gestores da América Latina adotam para si quando o tema é investimento. Os dados são do estudo "IDC Cyber Security Research Latin America 2023", o qual revela que 39% dos executivos de TI investiram mais em proteção no ano passado.

Para as empresas que buscam bons fornecedores de processos de automação, robótica (RPA), ERP e inteligência artificial (IA), aqui vai um conselho de quem trabalha com isso há quase três décadas: vá atrás de alguém confiável. Contudo, como confiar "às cegas", com tanta informação dispersa atualmente? Simples: busque meios de verificação, isto é, veja se o seu fornecedor possui as certificações necessárias para que você, gestor ou executivo de TI, possa sempre estar seguro de possíveis ataques ou vazamento de dados.

Do lado de cá, sob a perspectiva de quem trabalha como fornecedor para grandes corporações, reforço regularmente com os times de vendas, produtos e processos: precisamos entender as dores dos nossos clientes e correr atrás de soluções que os assegurem e, além disso, os tranquilizem. Recentemente, recebemos a certificação ISAE 3402 – um selo de credibilidade para controle de serviços organizacionais, emitido pela EY – para que as empresas que atendemos possam se sentir mais seguras quando tema é cultura de segurança.

Por terem ações listadas em bolsas no exterior e também passarem por auditorias internas, algumas entreprises se sentem mais seguras com esse cuidado. E aqui cabe um adendo da mais alta importância: a cultura de segurança deveria ser uma prioridade para todos, a ponto que esses zelos e cuidados fossem automáticos e já processuais, como costumo reforçar internamente com todo o time.

Como profissional de hiperautomação, entendo que a excelência quando a pauta é segurança somente é obtida quando existe, inicialmente, um comprometimento da porta para dentro e, obviamente, no lado de "fora" – no contato com parceiros, clientes e demais fornecedores.

Tiago Amor, VP de vendas da Lecom Tecnologia.

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