Os cibercrimes têm causado prejuízos financeiros em grande escala aos internautas domésticos de todo o mundo. De acordo com o relatório de Tendências de Segurança Cibernética, elaborado pela Symantec em conjunto com a Organização dos Estados Americanos (OEA), somente no ano de 2013 a perda chegou a US$ 113 bilhões.
Se analisadas as contas empresariais e de Governo, a cifra é ainda maior. Segundo o Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS), as maiores economias do mundo são as mais prejudicadas pelos cibercrimes. Juntos, EUA, China, Alemanha e Japão perdem cerca de US$ 200 bilhões por ano.
Diante desse cenário, as incorporações têm investido de maneira mais sólida no departamento de segurança cibernética e o cargo de CSO (Chief Security Officer), o responsável pela segurança das informações, tem ganhado notoriedade nos últimos anos. "Apesar de a posição já existir no Brasil há mais de uma década, nos últimos três anos tem sido demandada com mais frequência e expectativa", comenta Eric Toyoda, diretor e sócio da Asap Recruiters, empresa especializada em recrutamento e seleção de executivos.
O cargo de CSO nasceu de uma necessidade específica das empresas, preocupadas com a segurança de suas informações não apenas na área de sistemas, mas também de processos e ambientes. "As empresas, sobretudo dos segmentos das telecomunicações, mercado financeiro e comércio eletrônico, aumentam cada vez mais suas expectativas sobre esses profissionais, uma vez que a confidencialidade das informações de seus clientes é extremamente estratégica e em caso de falha pode gerar crises de relações públicas, afetando diretamente a imagem e a reputação", analisa Toyoda.
O profissional também assume a responsabilidade de gerir toda a parte de projetos de segurança interna, além de coordenar equipes de especialistas no intuito de implantar soluções e rotinas mais adequadas dentro de cada Companhia. Com esse escopo e diante da escassez de força de trabalho qualificada, a posição tem ofertado em 2014 um incremento salarial na média de 17% maior que o ano anterior, de acordo com números da Asap.