A Thales e a Verint apresentaram nesta segunda-feira, 7, o Manual da Ciberameaças, relatório desenvolvido para fornecer classificação e base para uma investigação mais aprofundada sobre os principais grupos de invasores cibernéticos, incluindo cibercriminosos, ciberterroristas, grupos de hackers e hackers patrocinados por governos.
Como parte da parceria estratégica para criar tecnologias abrangentes e avançadas de Inteligência em Ameaças Cibernéticas, os analistas de inteligência em ameaças da Thales e da Verint trabalharam juntas para fornecer essa visão única, no formato 360°, do cenário das ameaças cibernéticas, com descrições detalhadas das atividades de cerca de sessenta grupos particularmente significativos, incluindo suas táticas e técnicas, motivos e setores visados a partir da análise de várias fontes de dados, como a web e a inteligência em ameaças.
À medida que a segurança cibernética cresce em importância, a Thales e a Verint têm trabalhado juntos para descobrir mais sobre os ciberataques e as técnicas que empregam, com o objetivo de ajudar as organizações nos setores público e privado a detectar e antecipar melhor ataques futuros. O cenário das ameaças cibernéticas é extremamente diversificado, e conhecer os inimigos pode ser particularmente complexo neste mundo de subterfúgios e enganos.
Os analistas definiram quatro categorias principais de invasores com base em seus motivos e objetivos finais. Dos aproximadamente 60 grupos principais de invasores analisados, 49% são grupos patrocinados por governos, com o objetivo de roubar dados confidenciais de alvos de interesse geopolítico. 26% são hacktivistas motivados ideologicamente, seguidos de perto por cibercriminosos (20%), motivados por ganhos financeiros. Na quarta posição, os ciberterroristas representam 5% dos grupos analisados.
Todas as principais potências econômicas, políticas e militares do mundo são alvos prioritários dos ciberataques. Os 12 países do mundo com o maior PIB estão no topo da lista de alvos, liderados pelos Estados Unidos, Rússia, União Européia (particularmente Reino Unido, França e Alemanha) e China, seguidos pela Índia, Coréia do Sul e Japão.
Os setores mais visados por esses grandes ataques são os países e suas capacidades de defesa, seguidos pelo setor financeiro, energia e transporte. Os ataques contra os meios de comunicação e a indústria da saúde estão aumentando a um ritmo acelerado.
Por último, mas não menos importante, um número crescente de grupos de invasores agora está visando às vulnerabilidades na cadeia de suprimentos e, em particular, parceiros menores, fornecedores e prestadores de serviços que são usados como "cavalos de troia" para acessar os principais alvos.