Nos últimos 12 meses, setenta órgãos investiram mais de R$ 145 milhões em contratos multi-nuvem com três dos cinco maiores provedores do mercado: AWS, Huawei Cloud e Google Cloud. Um destes órgãos é a Defensoria Pública da União (DPU), que desde dezembro de 2021 reduziu em 65% os gastos com serviço de armazenamento de dados, segundo a secretária de Tecnologia da Informação da DPU, Flávia Paz.
A declaração foi dada durante encontro sobre o uso de Cloud no setor público, promovido pela gigante global de tecnologia Huawei, nesta quinta-feira (6), em Brasília. "A nuvem agiliza processos e foi responsável pela redução de R? 3 milhões em equipamentos, manutenção e servidores. A partir de agora, tudo será feito com uso de nuvem na DPU", garantiu.
A adesão dos órgãos do governo federal ao sistema de nuvem é realizado pela EDS, empresa do Extreme Group vencedora do pregão realizado pelo Ministério da Economia para prestação deste tipo de serviço. No encontro, o diretor de Cloud & Hybrid Infrastructure da EDS, Jônatas Mattes, afirmou que o atual modelo de prestação pode ser qualificado. Para isso, citou três pontos: a previsão de mais serviços especializados, simplificação da métrica de contratação de nuvem e previsão de item para consumo de serviços complementares essenciais. "É fundamental que mais órgãos e empresas públicas sigam este modelo e estejam dispostos a qualificá-lo com base nas experiências recentes, sempre visando na transformação digital para melhor atender à população", enfatizou.
O gerente de desenvolvimento de novos negócios em Cloud da Huawei, Edson Costa, destacou que o uso do serviço no Brasil ainda deve crescer e ser qualificado. "Trouxemos inovação, tecnologia e competitividade ao mercado. E a ideia do encontro em Brasília foi analisar o que funciona e não funciona no setor, além de discutir como qualificar a próxima ata do Governo Federal para a adesão de ? órgãos a esses serviços", disse.
No mundo, a previsão da Gartner, maior consultoria em tecnologia do mundo, é de que em 2025, 85% das companhias operem em nuvens públicas e 70% das empresas usem plataformas de governança multi-nuvem. No Brasil, a perspectiva é de que a adesão à computação em nuvens pelas organizações crescerá 35% até o fim de 2022.