De 2008 a 2010, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai destinar R$ 330 milhões para cerca de 25 fundos de investimento em empresas inovadoras, o triplo do total aplicado nos últimos seis anos. A expectativa da agência de fomento é que sejam alavancados mais R$ 1,6 bilhão junto a investidores parceiros, recursos que somados vão beneficiar aproximadamente 300 empreendimentos.
Os aportes serão realizados em fundos de capital semente, venture capital e private equity, modalidades em que os investidores tornam-se sócios das empresas através da compra de participações, o que significa dividir lucros e perdas. O risco da inovação é compartilhado. Caso o projeto vá bem, todos ganham. Caso contrário, as perdas são compartilhadas. As gigantes Microsoft e Google são dois exemplos de sucesso dessa indústria.
Desde 2001, quando iniciou a ação de investimentos, a Finep aplicou R$ 112 milhões em 12 fundos, sempre administrados por gestores especializados em garimpar bons projetos nos mais diversos setores. Os fundos, por sua vez, repassam o dinheiro às empresas. Ao todo, 31 já foram beneficiadas.
Até o fim deste ano, a Finep pretende aprovar investimentos em quatro novos fundos. O maior deles, com patrimônio de R$ 300 milhões, será de private equity, modalidade voltada a empresas de médio porte que ainda não estão prontas para ingressar na bolsa de valores. Cerca de 12 companhias serão apoiadas. A Finep vai aplicar R$ 15 milhões.
Os outros três fundos são de capital semente, modalidade que beneficia empreendimentos nascentes, muitas vezes ainda dentro de incubadoras. Juntos, aplicarão R$ 60 milhões em cerca de 40 empresas, dos quais R$ 24 milhões virão da Finep. A agência apóia a criação de fundos de investimento através da Incubadora Inovar, lançada em 2001. Trata-se de um consórcio de investidores institucionais que selecionam gestores e aportam recursos na indústria de venture capital.
São membros também da iniciativa o Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Fumin/BID), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e os Fundos de Pensão dos funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Fapes), do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef).