Os gastos com energia estão entre os itens que mais cresceram nos últimos dois anos nas empresas, ficando à frente dos valores destinados a saúde, folha de pagamento, aluguel e equipamentos. E uma recente pesquisa realizada pela IBM com 1,4 mil empresas de pequeno e médio portes em todo o mundo ? 130 das quais no Brasil ? mostra que, no país, 89% delas acreditam que a preocupação com o meio ambiente influencia fortemente nas ações para reduzir o uso de energia. Nas empresas dos Estados Unidos, esses números chegam apenas a 38%.
De acordo com a pesquisa, 75% das pequenas e médias empresas brasileiras demonstram preocupação com o meio ambiente e 58% delas implementaram uma política ambiental. Nos resultados globais, 58% têm preocupação com as questões relativas ao meio ambiente e 44% possuem uma política ambiental.
Ainda conforme o levantamento, a maioria das pequenas empresas em todo o mundo já começou a realizar algumas mudanças básicas para diminuir o consumo de energia, como a utilização de formas de iluminação mais econômicas e o desligamento de quaisquer equipamentos não essenciais após o expediente. Porém, transformações mais profundas e de maior valor financeiro ainda não encontram tanta adesão, como a adoção de prédios ecologicamente sustentáveis, o uso de carros bicombustível ou a instalação de painéis solares. A única exceção é a área TI.
Segundo a pesquisa, TI se tornou uma prioridade para as pequenas e médias empresas que buscam conter seus gastos com energia. Um recente estudo da International Data Corporation (IDC) estima que para cada dólar gasto com TI, US$ 0,50 são relacionados ao custo da energia.
Nas empresas brasileiras, 87% apontam que a eficiência energética é fator decisivo na hora de adquirir produtos de TI, contra 40% nos resultados globais. Entre as mudanças que estão adotando, o estudo aponta avaliação do uso e do desempenho dos servidores (62%), a compra de sistemas de TI com consumo de energia mais eficiente (39%) e a consolidação de servidores (36%).
Um das conclusões da pesquisa, que entrevistou empresas de 50 a 500 funcionários em oito países, indicam que o Brasil está à frente dos outros entrevistados na questão de avaliação do impacto ambiental em seus negócios.