Embora a Panasonic e a Sanyo não tenham anunciado a compra desta última, conforme haviam antecipado a edição on-line de alguns jornais do mundo, as fabricantes japonesas de eletrônicos de consumo admitiram nesta sexta-feira, 7, que estão em conversações avançadas para uma possível fusão de seus ativos, um negócio que, se for concretizado, representará um total de vendas anuais combinadas de mais de 11 trilhões de ienes, ou US$ 111,5 bilhões.
Como já era esperado, a Panasonic e a Sanyo disseram que irão discutir como tornar a – muito menor – Sanyo, que vem lutando há anos para crescer no mercado, uma subsidiária da Panasonic. As empresas esperam concluir o acordo até ao fim do ano. "Nosso objetivo é compartilhar o know-how de gestão empresarial e de recursos das duas empresas, colaborando uma com a outra, criando assim uma base competitiva global que irá maximizar o valor de ambas as empresas", disseram elas em comunicado conjunto distribuído nesta sexta-feira.
A Panasonic não disse o quanto pretende oferecer para cada ação da Sanyo. Koya Tabata, analista do Credit Suisse, estimou no início da semana que a Panasonic poderia oferecer em torno 140 ienes, ou US$ 1,43, para cada ação da Sanyo, de acordo com a agência de notícias Reuters. Isso significa um valor total de 862 bilhões de ienes, ou cerca de US$ 8,8 bilhões.
A indústria de eletrônicos de consumo vem enfrentando uma forte queda nas vendas, devido a retração nas compras dos consumidores, preocupados com a recessão global, e pelas turbulências nas bolsas de valores mundiais. Embora o problema venha afetando todas as empresas ao redor do mundo, os exportadores japoneses terão mais dificuldades para lidar com a valorização do iene, o que torna os seus produtos mais caros. Além disso, a concorrência crescente de rivais da Coréia do Sul e da China também aumentou a pressão sobre as fabricantes japonesas, o que fez com considerassem a possibilidade de fusão.
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