Com o fim da era Steve Jobs, a Apple encontrou em um acordo acionário a maneira de garantir a permanência de altos executivos na companhia, segundo o The New York Times, que teve acesso aos documentos atualizados na Security Exchange Commision (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos.
Na última sexta-feira, 4, a empresa transferiu 150 mil ações restritas a Peter Oppenheimer, Bruce Sewell, Philip Schiller, Jeffrey Williams, Scott Forstall e Robert Mansfield, dando a cada executivo papéis no valor de US$ 60 milhões. Eles devem permanecer ao menos cinco anos na empresa para garantir o recolhimento dos benefícios correspondentes. Metade das ações pode ter seus benefícios coletados no dia 21 de junho de 2013. O restante possui a data de resgate de 21 de março de 2016.
Além deles, o vice-presidente sênior da Apple para Software e Serviços de Internet, Eddy Cue, recebeu 100 mil ações restritas, com valor total equivalente a US$ 40 milhões, com datas diferentes para resgate. Ele já havia recebido 100 mil papéis em garantia em setembro, quando foi promovido para o cargo atual.
“Nossa equipe de executivos é incrivelmente talentosa”, afirmou a empresa. “Estas garantia acionárias foram dadas para recompensá-los quanto ao trabalho árduo em manter a Apple como uma das empresas mais inovadoras do mundo”, completou.
Apenas dois executivos não receberam as garantias. Um deles, Jonathan Ive, não ocupa um cargo que lhe pudesse conferir o benefício segundo as regras da SEC. O outro é Tim Cook, atual CEO, que recebeu em agosto o montante equivalente a US$ 400 milhões divididos também em dois prazos – metade até o dia 24 de agosto de 2016 e a outra parte na mesma data em 2021.