Os anúncios no Facebook já fazem parte do plano de marketing de empresas em todo o mundo. Aproveitando o boom desse tipo de propaganda, mal intencionados tem utilizado a publicidade via rede social para disseminar malwares, infectando 1,6 milhão de usuários em oito horas. Foi essa uma das conclusões do Relatório de Ameaças do terceiro trimestre de 2012 da AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores.
No período, o AVG Threat Labs registrou aumento surpreendente de ataques por meio de Blackhole Exploit Kit pelo Facebook. O número passou de 250 mil para 1,6 milhões de ataques em apenas oito horas. “Os cibercriminosos ocultam links maliciosos nos anúncios para coletar informações pessoais e dados bancários. Inicialmente, o malware chegava ao usuário por e-mail, mas os golpistas rapidamente se adaptam às novas tendências de tecnologia para potencializar o impacto de sua ação”, relata Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.
O relatório revelou uma queda na quantidade de ameaças focadas em dispositivos móveis: foram 320 mil ameaças no terceiro trimestre, uma queda de 50 mil em relação ao trimestre anterior. O aplicativo malicioso para Android mais popular no período foi o “extended.battery”. Mariano esclarece que a diminuição de malwares não significa menor quantidade de ataques. “Apesar de termos menos malwares, a quantidade de ataques continuam crescendo”, explica.
Já o ranking de países que mais enviam spams ficou estável, com o Brasil ocupando a quinta posição desde o relatório do primeiro trimestre, atrás dos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha. Segundo Mariano Sumrell, essa estabilidade pode ser atribuída à uma campanha iniciada em dezembro de 2011 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. “A campanha visa diminuir o envio de Spams a partir de computadores domésticos infectados por meio do gerenciamento da porta 25, utilizada para envio de e-mails e bastante popular entre cibercriminosos. Em dezembro, a porta 25 será fechada, usando uma outra porta, a 587, permitindo que os spams sejam bloqueados pelos provedores”, reflete o executivo.