O mundo tem sido um alvo cada vez maior de criminosos cibernéticos e um novo tipo de ataque tem ganhado força, o ransomware, um tipo de malware que ''sequestra'' o computador da vítima em questão. De acordo com um estudo feito pela SonicWall Capture – plataforma unificada de sistemas de proteção avançada contra malware e visibilidade de vulnerabilidades -, o Brasil, em 2021, era o 5º maior alvo de ataques de ransomware, em uma classificação de 10 países, com pouco mais 9 milhões de crimes.
Já no primeiro semestre de 2022, o Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos, chegando ao 2º lugar com mais de 19 milhões de casos registrados – pouco mais do dobro dos casos – frente a aproximadamente 136 milhões dos eventos nos EUA.
Desde 2020, com o avanço da pandemia, diversas empresas que tiveram que alterar o formato do trabalho, se restringindo ao trabalho remoto, por exemplo, foram atacadas virtualmente por diversos infratores. Este é o caso de grandes empresas como a JBS, do segmento de alimentação; Lojas Renner, do segmento de moda; e Atento, do mercado de telecomunicações, dentre outros exemplos.
Porém, essa situação não se restringiu somente a esse momento mundial delicado. O levantamento também identificou que a maior incidência destes ataques no mundo todo foi em 2021, chegando a marca de quase 189 milhões de crimes, o que não deixou de cessar desde então. Mesmo com uma incidência menor, em 2022, os infrações do tipo.
Os criminosos cobram um valor em dinheiro pelo resgate, utilizando, em geral, a criptomoeda bitcoin como exigência de pagamento, o que dificulta grande parte das medidas de rastreamento do criminoso. Esse vírus age diretamente nos dados do sistema operacional, restringindo os acessos de login ao usuário em questão. O CEO da Athena Security e especialista em segurança digital, Thiago Cabral explica como se prevenir destes ataques: "é importante realizar sempre o backup dos dispositivos, religiosamente e repetidamente; além disso, adotar políticas de segurança da informação que proporcionem regras de conduta, para que seus colaboradores saibam como seguir na iminência de um ataque; e claro ter medidas de proteção para esses crimes cibernéticos'', comenta.
Além do mais, sempre é necessário ter pessoas especializadas em segurança que possam ''tratar'' desses assuntos com propriedade. ''Nos últimos meses temos assistido a um número cada vez maior de empresas que estão sofrendo com esse e outros tipos de ataques, que estão causando enormes prejuízos financeiros, como é o caso da Atento, em que as perdas por conta do ataque chegaram a mais de 197 milhões de reais", sinaliza Cabral. O especialista acrescenta que o suporte de uma empresa do segmento de segurança digital é fundamental para proporcionar os cuidados de forma personalizada e garantir medidas de barreira importantes.