De acordo com um estudo publicado pela consultoria fiscal Deloitte, a pedido da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o excesso de burocracia deve custar cerca de R$ 59 bilhões ao setor da construção civil até o ano de 2025. Pensando justamente em reverter esse cenário, cada vez mais as empresas do segmento têm buscado na tecnologia, alternativas eficientes para modernizar e trazer avanços para a sua rotina operacional.
Mesmo acompanhado do estigma de ser uma área pouco tecnológica, hoje já está muito claro que tal percepção sobre a construção civil é bastante irreal. Prova disso é a própria grandiosidade e evolução das soluções e projetos entregues pelo setor atualmente. Tecnologias como Inteligência Artificial, softwares de modelos 3D e máquinas robustas ajudam o setor a desenvolver construções e empreendimentos substancialmente complexos, de forma cada vez mais simples.
Isso ocorre porque a tecnologia se tornou uma excelente ferramenta para garantir maior fluidez na resolução das burocracias enfrentadas pelo mercado – e não só por razões de segurança, mas também por questões processuais. Dentro desse contexto, a assinatura eletrônica também passou a ser uma solução mais requisitada por construtoras, incorporadoras e imobiliárias pela sua capacidade de eliminar obstáculos geográficos, reduzir o desperdício de papel, minimizar erros, aumentar a segurança e acelerar os fluxos de trabalho.
Estimativas de mercado apontam que o uso da ferramenta resulta numa queda de impressionantes 90% sobre o tempo de equipe dedicada para atendimento e/ou formalizações de negócios. Mais do que isso, as companhias que implementaram tal tecnologia em suas demandas corporativas relataram mais de 20% de redução de custo para acessar os clientes no processo de coleta de assinatura de acordos e contratos. Tempo e custo: dois itens fundamentais quando o assunto é eficiência em qualquer segmento de mercado e quando estamos falando de construção civil, isso se torna ainda mais importante.
Em um segmento que historicamente enfrenta desafios devido a necessidade de prover segurança aos seus clientes durante todo o processo, a assinatura eletrônica se sobressai ainda como uma solução eficaz para agilizar os trâmites contratuais da construção civil brasileira. A tecnologia dispõe de recursos avançados de autenticação e criptografia que protegem os documentos de maneira robusta. Além disso, os registros eletrônicos são mais fáceis de rastrear e arquivar, proporcionando uma trilha de auditoria completa, o que é fundamental em contratos de grande magnitude.
As plataformas de assinatura eletrônica envolvidas nesse cenário, por exemplo, disponibilizam os contratos de compra e venda de imóvel, termos e autorizações no dia-a-dia de obra, vistorias de imóveis, dentre outros aceites e formalizações de maneira otimizada e eficaz. Assim, as partes podem firmar os documentos de qualquer lugar, sem a necessidade de estar fisicamente presente, o que agiliza as tratativas dos negócios com impacto positivo nas conversões, independente do tipo, além de trazer segurança jurídica para os processos contratuais do segmento.
Outro ponto importante: hoje a construção civil conta com um grande desafio de tornar mais eficiente toda uma esteira que lida diariamente com problemas de alta complexidade física, estrutural e na esfera ESG. A redução significativa no uso de papel é uma vitória para o meio ambiente. A substituição da papelada por documentos eletrônicos não apenas economiza recursos preciosos, mas também contribui para a sustentabilidade do setor. É uma mudança que ressoa tanto no âmbito ambiental quanto no lado econômico.
É inegável que a construção civil está usufruindo cada vez mais das vantagens da transformação digital em seus negócios. A crescente adesão do mercado pelo serviço de assinatura eletrônica demonstra claramente que o mercado tem total disposição para incorporar soluções que sejam capazes de melhorar a eficiência operacional e, ao mesmo tempo, atender às expectativas dos clientes. Certamente, nessa equação, todos os envolvidos saem ganhando.
Raquel Trindade, Chief Business Officer da Clicksign.