Black Friday: tendências, comportamento do consumidor e o papel estratégico do marketing digital

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A Black Friday se consolidou como uma das principais datas comerciais no Brasil, atraindo milhões de consumidores em busca de ofertas. Durante esse período, o comportamento de compra evoluiu: os consumidores tornaram-se mais atentos e exigentes, especialmente em relação à economia dos descontos. Pesquisas recentes revelam que 78% dos brasileiros verificam o histórico de preços e buscam opiniões sobre os produtos antes de efetivar suas compras, enquanto que 65% dos afirmam que todo ano as ofertas da Black Friday são mais do mesmo. Esse perfil mais analítico pressiona marcas e varejistas a investir em estratégias transparentes e personalizadas para captar a atenção do público.

Em 2024, o consumo online na Black Friday promete mais uma vez superar as vendas de lojas físicas, graças à praticidade e à variedade de opções. Segundo um levantamento da NielsenIQ, as vendas por e-commerce cresceram mais de 30% durante a Black Friday de 2022, confirmando o potencial do canal digital. Fatores que trazem otimismo para este ano: desemprego em queda, juros em trajetória de queda (o que facilita o crédito) e, o principal fator, o pagamento do 13º salário será no mesmo dia da Black Friday. Eletrônicos, moda, beleza e cuidado pessoal são os itens mais procurados, contudo, destaca-se neste ano também categorias para além do varejo: ofertas de viagens (72%), cursos (56%), suplementos e vitaminas (43%), ou seja, abertura de oportunidades para outras áreas.

A atuação do marketing digital, por sua vez, é determinante para o sucesso das vendas na Black Friday. Estratégias como remarketing, anúncios segmentados e automação de mensagens personalizadas criam uma experiência de compra direcionada, que mantém o consumidor engajado durante todo o processo. A segmentação com base em dados comportamentais permite ofertas mais assertivas e relevantes para o perfil de cada cliente, aumentando a taxa de conversão.

Este ano, o Google traçou um paralelo relacionando as categorias de mercado e o comportamento de consumo do público, organizando-o em três blocos: Foco na Black: categorias com maior procura na semana e no dia da Black Friday (esporte e lazer, informática, telefonia e eletrodomésticos); Interesse Antecipado: categorias com maior procura no mês de novembro (bebidas, perfumaria e cosméticos); Interesse Constante: categorias que estão em alta independentemente da Black Friday (alimentos, suplementos e games). 

As redes sociais e o marketing de influência também desempenham um papel fundamental. Os consumidores definem cada vez mais em recomendações de influenciadores para descobrir ofertas e validar suas escolhas. Marcas que integram parcerias com influenciadores às suas estratégias de marketing digital não apenas ampliam a visibilidade, mas criam uma conexão autêntica com o público, aumentando a adição. Para isso, estratégias assertivas para cada segmento podem ser implementadas, como: cupons com descontos variados no site e roleta de descontos; ações de cross-sell e up-sell e calendário semanal de ofertas; descontos nas categorias mais acessadas do site e convite para seguidores escolherem a promoção desejada. 

Neste cenário, a Black Friday não é mais apenas uma questão de descontos agressivos, mas de excelentes oportunidades e formas para fidelizar o consumidor. Não basta apenas ter volume de venda na data, é preciso cativar quem está chegando trazendo ofertas realmente interessantes e personalizadas de acordo com o perfil do público e o comportamento do seu segmento de mercado.

Fernanda Cunha Lima, sócia e CEO da Kipiai.

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