CPqD começa transferir tecnologia WiMAX para indústria em 2008

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O CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) prepara a transferência para a indústria nacional de solução wireless com a tecnologia WiMAX. Com o objetivo de desenvolver uma infra-estrutura de acesso sem fio para banda larga e promover a universalização do serviço no país, a fundação fornecerá tecnologia de equipamentos WiMAX e sistema de gerência de rede e serviços para a indústria. A primeira fase do desenvolvimento já foi concluída, e os primeiros produtos baseados na tecnologia têm previsão de chegada ao mercado no primeiro semestre de 2008.

Desenvolvida com recursos do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), a tecnologia de rádio-acesso teve origem há três anos e o projeto de desenvolvimento do sistema WiMAX começou no início deste ano, o que, segundo o CPqD, resultou em uma tecnologia flexível e de baixo custo operacional, capaz de atender os requisitos necessários para viabilizar sua implantação e operação no Brasil.

A tecnologia integra o padrão de redes WiMAX, com redes Ad Hoc e Wi-Fi Mesh, desenvolvida com base no padrão IEEE 802.16e, sendo capaz de atender ao mercado internacional. "O objetivo do projeto é adequar a tecnologia às necessidades brasileiras, porém mantendo total compatibilidade com os padrões internacionais", afirma Ralph Robert Heinrich, diretor de redes de telecomunicações do CPqD.

Composta por estações radiobase (ERBs), estações de assinante e sistema de gerência de rede e serviço, a solução que será transferida permite a oferta de serviços de vídeo, voz e dados para atendimento de áreas urbanas e rurais, bem como áreas mais remotas do Brasil. Com isso, a solução oferecida cobre toda a infra-estrutura de rede sem fio. Nessa primeira fase, a tecnologia já disponível ? pronta para ser transferida para as empresas que vão fabricar os equipamentos ? contempla ERBs padrão WiMAX na freqüência de 3,5 GHz, terminais de assinantes com interfaces WiMAX (3,5 GHz), acesso Wi-Fi (5,8 GHz, 2,4 GHz e 900 MHz) para o usuário e sistema de gerência de rede e serviço.

Além de integrar diversos padrões de rede sem fio, segundo o CPqD, a solução pode operar em múltiplas faixas de freqüência, o que permitirá sua utilização em diferentes tipos de serviços. Com a intenção de adequar-se aos diversos cenários de operação e de demandas por serviços de banda larga em todo país, diversas faixas serão implementadas: no intervalo de 200 MHz e 5,8 GHz, para enlaces ponto-multiponto; faixa 10,5 GHz para enlaces backhaul ponto a ponto; e de 2,5 GHz e 3,5 GHz para grandes operadoras de telecomunicações. A TV digital também será beneficiada pela tecnologia, que pode permitir o tão desejado canal de interatividade, quando alcançar faixas de 450 MHz e 700 MHz.

"O projeto tem como foco o posicionamento estratégico do país na geração de equipamentos e sistemas de redes de banda larga sem fio, a oferta de uma solução apropriada para a expansão de serviços no país e a redução dos custos operacionais das operadoras de telecomunicações e dos serviços oferecidos ao usuário final", comenta Heinrich.

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