PUC-RJ firma acordo com empresa norueguesa de mecanismo de busca

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A Fast Search & Transfer, criada por pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, e que está hoje entre as maiores empresas desenvolvedoras de ferramentas de busca na internet, firmou acordo com a PUC do Rio de Janeiro para formar engenheiros nessa área.

A empresa está no Brasil há dois anos e, além de comercializar seus produtos, também atua em pesquisa e desenvolvimento locais. ?Hoje, além da busca em si, é preciso cada vez mais estar atento às questões lingüísticas e de contexto do conteúdo?, comenta Raul Renteria, coordenador de projetos especiais da Fast Brasil e na América Latina. ?Com projetos como esse, leva-se para a universidade os desafios da sociedade?, sintetiza.

A Fast trabalhará dentro da universidade carioca em dois laboratórios na pós-graduação de informática, sob a responsabilidade dos professores Eduardo Laber e Ruy Milidiu, envolvendo cerca de 15 alunos. ?Os projetos têm como base a ?mineração? semântica de alto nível. Nós procuramos extrair fatos e não só documentos. O objetivo é sair do modelo tradicional de busca?, exemplifica Renteria.

Segundo ele, essa evolução significa criar um sistema que permita a máquina entender o sentido das palavras e não apenas procurar palavras. ?Para isso você tem que criar uma série de associações.?

Para facilitar a compreensão de como pode funcionar esta mineração semântica, Renteira exemplifica: o internauta coloca o nome de um determinado artista na busca, logo em seguida, em um quadro independente, aparece um pequeno perfil dele, montado a partir daquela busca, com dados como quantos casamentos, nome das ex-esposas, lugares onde trabalhou, depois as notícias mais recentes e relevantes. ?O trabalho para criar uma ferramenta como essa é desafiador. A nossa motivação, tanto dos profissionais da Fast como dos professores e dos alunos, podemos dizer que é formalizar o informalizável?, conclui.

Dos 40 funcionários da Fast no Brasil mais de 30 são desenvolvedores de software. Cruzando fronteiras, a equipe brasileira foi também a responsável pelo desenvolvimento dos mecanismos de busca do Financial Times, que tem um tipo de refinamento de buscas semelhante ao comentado pelo coordenador de projetos especiais da empresa.

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