Internet das coisas em redes móveis deve ser uma das principais fontes de receita do setor de telecomunicações nos próximos anos. A projeção é da 5G Americas, a associação setorial e a voz da 5G e LTE para as Américas, que anunciou nesta quarta-feira, 06/12, a publicação do relatório Progresso da LTE Levando a Implementação Massiva da Internet das Coisas, analisando os avanços tecnológicos viabilizando a expansão ainda mais rápida dos mercados de wearables, saúde, veículos conectados e criação de uma Internet das Coisas muito maior.
O setor começou a falar recentemente sobre uma implementação Massiva da Internet das Coisas (MIoT), fazendo referência ao potencial de conectar dezenas de bilhões de dispositivos e máquinas. Segundo a entidade, as tecnologias necessárias devem ser definidas com parte dos padrões para a LTE e a futura 5G.
"Alguns provedores de serviços celulares dos EUA já estão agregando mais conexões IoT do que conexões de telefonia móvel. A 3GPP está definindo padrões para a implementação bem-sucedida de uma grande variedade de serviços em vários setores, contribuindo para o sucesso crescente entre consumidores e no setor empresarial," disse Jean Au, gerente da Qualcomm Technologies e um cos autores do relatório Progresso da LTE Levando a Implementação Massiva da Internet das Coisas, da 5G Americas.
Hoje, tecnologias como Redes Amplas de Baixa Potência (Low-Power Wide-Area – LPWA) já estão ganhando mais atenção e tecnologias celulares como a LTE-M (Màquina) e IoT de Banda Estreita (Narrowband-IoT – NB-IoT) serão os principais padrões da LPWA até 2020. Segundo a 5G Américas, as operadoras podem escolher entre várias tecnologias celulares da IoT (CIoT) de acordo com seu estoque de espectro, as redes existentes e os requisitos de seus serviços.
A LTE-M é o nome comercial da tecnologia aprimorada LPWA Comunicação Tipo Máquina (enhanced Machine-Type Communication – eMTC), publicada no Release 13 da 3GPP, ao lado da NB-IoT. Ambas as tecnologias devem evoluir em releases futuros. As tecnologias são suportadas pela grande maioria das principais fabricantes de dispositivos móveis e podem coexistir com redes 2G, 3G e 4G. As tecnologias também aderem aos padrões da 3GPP e podem operar em espectro não licenciado, oferecendo grandes vantagens sobre as tecnologias IoT não celulares, e oferecem recursos técnicos como segurança de nível de operadora.
Em termos genéricos, as tecnologias IoT devem ser de baixo custo e garantir eficiência energética, cobertura ampla e escalabilidade (a capacidade de suportar um grande número de máquinas conectadas em uma única rede). No Release 13 da 3GPP, a eMTC e a NB-IoT atendem aos requisitos genéricos da IoT; elas podem operar em banda ou na banda de guarda; com custo e complexidade reduzido do dispositivo; a capacidade de suportar uma grande quantidade de dispositivos IoT em rede; e maior vida útil de suas baterias. Em 2017, o 3GPP Release 17 está introduzindo mobilidade mais avançada, Voz-sobre-LTE (Voice-over-LTE – VoLTE), suporte para maior velocidade de transmissão de dados, transmissão aprimorada de Multicast Downlink, geoposicionamento mais preciso e outras inovações para a CIoT.