"A digitalização na saúde e o uso da tecnologia se apresentaram como valor agregado, no emprego de outras tecnologias como Inteligência Artificial, que em determinado momento recente, tiveram pouca efetividade para as pessoas que precisavam de cuidados urgentes, mas teve um significado único, especialmente no início da pandemia do COVID 19, nas notificações de casos para detectar a evolução da pandemia para o setor de saúde", disse Jacson Barros, Strategic Business Development Manager – AWS, em sua palestra na 5×5 Tec Summit, nesta terça-feira, 5, onde o foco foi o setor a transformação digital no setor da Saúde.
Como explicou o executivo, ninguém imaginava como a nuvem no setor da saúde iria atuar durante a pandemia, mas foi neste cenário caótico do começo do Covid que ela se mostrou um recurso precioso para qualquer mercado de trabalho seja na otimização de recursos, compras e espaço para crescimento no futuro, no potencial de processamento e armazenamento.
"O melhor dos benefícios da nuvem se mostrou na sua principal característica de escalabilidade, recursos e inovação, bem como no uso seguro, com todas as certificações e recomendações de boas práticas", disse.
Segundo Jacson, o uso da Nuvem em saúde no Brasil inicialmente foi desenvolvido para armazenamento de prontuários, mas com a contínua geração de papel, seu uso aumentou e o investimento em tecnologia ainda está progredindo de forma contínua, porém lenta.
Segundo dados fornecidos pela pesquisa feita pela TIC em Saúde – edição 2021/Covid 19 – 24% dos entrevistados utilizam a nuvem para busca on line de resultados de exames, enquanto que apenas 9% usam para visualização online do prontuário do paciente, considerando a existência de mais de 6 mil hospitais físicos em todo o território com mais de 50 leitos, demonstram que a realidade do uso de nuvem ainda engatinha. "Enquanto isso, dentro dos hospitais os pacientes têm dificuldade em compartilhar suas informações e a quantidade de papéis ainda existente, demonstra que mesmo tendo sistemas automatizados, não representa que os processos estão digitalizados", disse.
"Embora ainda os desafios ainda sejam grandes como equipamentos desatualizados, falta de infraestrutura e escassez de recursos computacionais, não integração dos pontos de atenção dos na atenção primária e na atenção especializada. A falta de taxonomia padronizada que permita a interoperacionalidade entre pontos de informação preparados para troca e compartilhamento de dados em saúde ainda dependem do nível de maturidade das instituições de saúde", reforçou.
Mas como disse o executivo, as organizações tentam ser orientadas a dados e os mantém como bem estratégico de seu negócio e o passo seguinte neste trajeto é preparar os profissionais para ver além dos dados, e possibilitar que a TI venha a mudar mentalidades de proteção de informações para mentoria, a fim de gerar conhecimento.
"A transformação que a nuvem impulsionou nos últimos anos deram segmento as tendências que estão acontecendo e continuaram no futuro. Muito ainda há para se desenrolar neste caminho como os padrões e a interoperabilidade de dados, principalmente para aqueles que estão saindo de um modelo tradicional on premise para nuvem quanto para aqueles nativos digitais. O uso de IoT na Medicina assim como outros incrementos que a digitalização propõe podem e são viáveis por meio da nuvem, liberando a atenção para o paciente – sempre o foco principal de qualquer transformação", sentenciou o executivo da AWS.