O conceito da responsabilidade ambiental e corporativas trouxe o ESG como uma das principais tendências dentro das instituições. Com a necessidade e o avanço do mesmo, protocolos como o GHG (Greenhouse Gases), trouxeram definições que ajudam as organizações a estarem de acordo com as novas perspectivas.
Os escopos 1, 2 e 3, por exemplo, foram criados para auxiliar na funcionalidade desse conceito dentro das empresas. Os dois primeiros se tornaram obrigatórios para aquelas que são aderentes ao protocolo. Já o escopo 3 é voluntário, e ao mesmo tempo o mais marcante e de mais difícil levantamento. Mas para aqueles que são especialistas do mercado, os três não foram suficientes, passando assim, a incentivar a inclusão do escopo 4.
A definição de Escopo 4 ainda não é um parâmetro oficial para contabilização da pegada de carbono de uma organização de acordo com a metodologia GHG Protocol. No entanto, diante da necessidade de se mensurar o impacto causado por determinadas soluções no que diz respeito à utilização de terceiros de seus produtos ou serviços, vem se utilizando esta definição, o que auxilia as empresas dispostas a se comprometer com compromissos relacionados ao clima não somente na contabilização de seus danos de emissão, mas também a quantificar os benefícios indiretos provenientes da sua solução.
Dentro do cenário de organizações de impacto, também conhecidas como empresas 2,5, que são aquelas comprometidas não somente com seu desempenho financeiro, mas também com a maximização do impacto positivo causado na sociedade, temos grandes exemplos de benefícios para o mundo por meio de suas soluções e que se encaixam no Escopo 4. Startups relacionadas a gestão de resíduos, por exemplo, conseguem mensurar a quantidade de resíduos reaproveitadas por seus clientes e correlacionar este indicador com a quantidade de CO2 que deixou de ser emitido por meio deste reaproveitamento.
Um outro exemplo pode estar relacionado a startups com soluções voltadas para energia, na qual por meio de seus serviços, conseguem mensurar as emissões que eram realizadas antes da implementação da sua tecnologia, ou seja, um consumo derivado de formas convencionais por meio de concessionárias público privadas que fornecem energia em grande parte através de hidrelétricas e termelétricas, no caso do cenário brasileiro, e após a contratação de uma solução relacionada a energia solar.
Podemos afirmar então que essa nova classificação é a evolução da análise dos investimentos em sustentabilidade dentro das organizações, mostrando assim, o valor de implementar o ESG como regra, trazendo ainda mais força para o conceito. Consequentemente, diminui riscos dentro do negócio e contribui para os investimentos sustentáveis, além de ser considerado uma oportunidade para empresas que têm o que mostrar positivamente.
Guiarruda, CEO da Vertown.