A transformação digital no ecossistema de Saúde que está criando novas oportunidades de negócios, com a participação de empresas inovadoras, investidores, clusterização e novas agendas regulatórias que vão impactar a estruturação do setor.
O tema foi debatido nesta quarta-feira, 7, no painel "Os novos modelos dos serviços de saúde: oportunidades e desafios", promovido pelas publicações TI Inside, Convergência Digital, Mobile Time, Tele Síntese e Teletime.
Claudio Tafla, presidente da ASAP – Aliança para a Saúde Populacional e diretor médico na Nilo Saúde, iniciou sua apresentação avaliando que a entrega de saúde para todas as pessoas, dentro dos estilos de vida particulares, tem o objetivo de levar mais e melhores acessos à saúde de forma geral, sem causar desperdícios ou ocuparem os serviços de saúde mais do que necessário e que dessa forma haja espaço para todos.
"Seja em clínicas ou no tratamento domiciliar, a tecnologia veio aumentar as chances das pessoas obterem melhores desfechos e melhores resultados", disse o médico. Segundo ele, ao necessitar interagir com mais pessoas e ao mesmo tempo trabalhar com doenças já instituídas, e outras que surgem através dos tempos, ganha volume e precisa do reforço da tecnologia neste processo.
Tafla também advertiu que gerações diferentes de profissionais atuam concomitantemente e que existe um desequilíbrio tecnológico entre elas, já que a tecnologia avançou e a formação tradicional não acompanhou as mudanças. "Essa interação é necessária em prol do sistema de saúde, pois é fato que se busca mais desenvolvimento e utilizá-la na formação e habilitadas para atenção primária de saúde é uma sinergia que pode trazer ótimos resultados ao sistema como um todo", disse.
Ele ainda alertou para um aspecto da tecnologia que poderá garantir o distanciamento entre a sustentabilidade do sistema de saúde e o envelhecimento da população, que gera demandas para as quais é necessário estar preparado para atender com mais cuidados, acolhimento e proximidade.
Outro enfoque de alerta para o especialista é a gestão dos planos de saúde e o papel das empresas contratadas que precisam equacionar a oferta de serviços mais completos, sem judicializar muitas questões, com os custos.
"É preciso observar e discutir como manter ambientes de confiança e transparentes dentro de modelos de pagamento sensatos, com tratamentos que permitam a continuidade e acompanhamento, já que o ambiente de saúde é bastante positivo dentro do cenário da tecnologia especialmente aplicada para atendimentos voltados às populações de forma preventiva", disse.
Bruno Souza, líder de Estratégia com Clientes da Roche Farma Brasil, também traçou uma conexão entre a indústria farmacêutica e a tecnologia que tem permitido uma transformação intrínseca no segmento.
"A indústria se apoia nos pilares da tecnologia de forma irreversível e hoje está voltada para aplicações em saúde de forma sustentável. É fato que a tecnologia chega tanto ao Sistema Único de Saúde quanto ao setor privado, a indústria auxilia nesta jornada dos pacientes para melhores e mais precisos diagnósticos com soluções que são frutos de pesquisas. A transformação do mercado passa pela evolução tecnológica que leva produtos e soluções digitalizados com respostas positivas de gestores, médicos e pacientes", disse. "A indústria entende os ecossistemas e suas particularidades e atua para que a tecnologia possa chegar mais rápido nos sistemas públicos ou privados".
Marcelo Lorencini, presidente da APETI – Associação dos Profissionais e Empresas de TI e CEO da Shift, acredita que já houve um apagão de tecnologia na área de saúde, especialmente no cenário de formação profissional . "Mas a tecnologia de forma disruptiva permitiu que se fosse à frente apesar de todos os desafios da saúde e muitos profissionais buscam se capacitar e atualizar constantemente ", reforçou.
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