O B2BOL, índice que mede, a cada três meses, os volumes transacionados digitalmente entre empresas, seja por meio de portais proprietários (B2BOL-Companies) ou via intermediários (B2BOL-E-Markets), atingiu a marca de R$ 492,4 bilhões em 2007, um crescimento de 39,7% frente aos R$ 352,3 bilhões registrados no ano anterior.
O B2BOL Companies, praticado entre as 30 maiores empresas do país, que representam em torno de 85% de toda a movimentação brasileira entre companhias e suas cadeias de valor, alcançou R$ 395,7 bilhões no ano passado, ante R$ 278,8 bilhões de 2006. Já o B2BOL realizado entre e-marketplaces registrou um volume de R$ 96,7 bilhões. Em 2006, este valor foi de R$ 73,5 bilhões.
Para Daniel Domeneghetti, diretor e sócio-fundador da consultoria em estratégia e tecnologia E-Consulting e responsável pelo Comitê de Métricas e Conhecimento da Camara-e.net, a expansão do B2BOL acima do crescimento econômico real reflete a propensão de aumento do número de transações comerciais entre empresas, fruto da confiança existente na economia brasileira e seus indicadores sólidos.
O executivo avalia que as situações de crise política vividas neste ano, bem como algumas crises setoriais específicas, não foram suficientes para derrubar a confiança dos empresários, executivos e investidores nacionais e estrangeiros na economia nacional. ?Vale ressaltar também o destaque obtido pelas exportações das indústrias petrolífera e siderúrgica, parte de nossa vocação de atuação industrial forte em setores de base e transformação, característicos por ser de alto capital intensivo?, diz Domeneghetti.
O consultor comenta que o incremento do volume do B2BOL Companies sinaliza o crescimento macroeconômico, o que reflete diretamente no aumento de aquisições e vendas das organizações. Já os resultados positivos do B2BOL e-Markets atestam crescimento do volume movimentado acima do relativo aos portais proprietários de empresas.
Entretanto, Domeneghetti afirma que para que o Brasil tenha a pujança desejada nas transações corporativas, deve-se buscar obsessivamente o processo de inclusão empresarial, ou seja, a inserção de micro, pequenas e médias empresas nas redes de negócios e transações online, visto que representam, em números absolutos, mais de 85% das cadeias de valor dos principais setores da economia nacional.