Alheio à crise financeira mundial, as empresas brasileiras de comércio eletrônico parecem não ter sentido até agora os efeitos da desaceleração econômica. De acordo com um levantamento publicado pela consultoria de marketing on-line E-bit, o setor movimentou R$ 8,2 bilhões no ano passado, cifra 30% superior a 2007.
O tíquete médio do setor foi de R$ 328. Dentre todos os períodos do ano, o mais lucrativo foi, novamente, o do Natal, que registrou vendas de R$ 1,25 bilhão com o tíquete médio em torno de R$ 346.
Para este ano, apesar da crise, a perspectiva é positiva e, segundo a E-bit, o comércio pela internet no Brasil deve alcançar ao menos R$ 10 bilhões em faturamento, com uma alta entre 20% e 25% em relação ao resultado de 2008.
Segundo o diretor geral da E-bit, Pedro Guasti, o crescimento consecutivo anual do setor decorre da maior confiança do consumidor on-line. "O e-consumidor está cada vez mais atento às possibilidades no canal web. É um meio que oferece múltiplos tipos de informação para os usuários, que acabam se sentindo mais seguros."
Segundo o executivo, esse é um comportamento que vem mostrando evolução ano a ano, pois muitos já tiveram uma experiência de compra pela internet, e a confiança dos usuários nas transações pela web é uma importante aliada à elevação dos números.
Outro aspecto que favorece a evolução do setor, na visão de Guasti, é a gradativa profissionalização das lojas. "De forma geral, as lojas estão agindo de forma mais profissional e planejada, tanto no quesito de estoques de produtos, prazos de entregas de mercadorias quanto em relação à governança de maneira geral."
A entrada das grandes redes varejistas no comércio eletrônico, como o Wal-Mart, também foi preponderante para o sucesso do mercado em 2008, trazendo novos públicos para o e-commerce, segundo Guasti.
- Resultado expressivo