O mercado de segurança eletrônica no Brasil tem registrado um crescimento expressivo nos últimos anos, e as projeções para 2025 indicam um setor ainda mais dinâmico e tecnológico. Com a incorporação de Inteligência Artificial (IA) e a expansão de soluções como monitoramento eletrônico e portarias remotas, o conceito de proteção de ambientes está sendo completamente transformado, refletindo tendências globais e necessidades locais.
De acordo com o Panorama do Setor de Segurança Eletrônica, divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), o segmento fechou 2023 com um faturamento superior a R$ 12 bilhões, apresentando um crescimento médio de 13,75%. Este desempenho destaca a relevância crescente de tecnologias de segurança, impulsionadas pela busca de maior proteção e pela modernização das ferramentas disponíveis. No próximo ano, espera-se um avanço ainda maior no uso de sistemas de monitoramento e portarias remotas, que vêm se consolidando como soluções indispensáveis, sobretudo em condomínios residenciais e comerciais.
Ainda, segundo a mesma pesquisa, atualmente 37% dos imóveis no Brasil já contam com algum tipo de sistema de monitoramento eletrônico, e mais de 12 mil condomínios adotaram portarias remotas em todo o país. Esse modelo tem se mostrado altamente eficiente para reforçar a segurança, ao centralizar o controle de acesso e automatizar processos de validação. Cerca de 80% de todas as entradas e saídas de visitantes, moradores e prestadores de serviço são checadas eletronicamente, o que reduz significativamente as vulnerabilidades e dificulta ações criminosas. Além disso, essa tecnologia contribui para a redução de custos operacionais e traz praticidade na gestão do dia a dia.
Dessa forma, a perspectiva para 2025 é que a Inteligência Artificial desempenhe um papel ainda mais relevante na segurança eletrônica, redefinindo padrões e aumentando a eficiência dos sistemas. A IA já permite o desenvolvimento de soluções sofisticadas, como o reconhecimento facial e de placas, que identificam automaticamente pessoas e veículos autorizados, otimizando o controle de acesso sem a necessidade de intervenção humana. Outra aplicação em crescimento é a análise preditiva, capaz de identificar comportamentos suspeitos e emitir alertas em tempo real, antecipando possíveis riscos de segurança.
Além disso, os sistemas de monitoramento inteligente equipados com IA também estão se tornando cada vez mais comuns. Com câmeras que distinguem entre atividades normais e situações potencialmente perigosas, as respostas a incidentes se tornam mais rápidas e eficazes, enquanto alarmes falsos são reduzidos. Essa automação tem transformado o setor, oferecendo uma experiência de segurança mais precisa, personalizada e integrada.
À medida que o setor avança, a convergência entre IA, Internet das Coisas (IoT) e conectividade 5G promete ampliar ainda mais as possibilidades de inovação. Dispositivos de segurança conectados em redes inteligentes permitirão um monitoramento mais abrangente e integrado, trazendo um novo nível de proteção para residências, empresas e espaços públicos. No entanto, esse avanço tecnológico também levanta debates importantes sobre privacidade e uso ético de dados, questões que deverão ser acompanhadas por regulamentações claras para garantir o equilíbrio entre segurança e direitos individuais.
Assim, com a expansão contínua das soluções baseadas em tecnologia e o crescimento econômico do setor, a segurança eletrônica em 2025 será muito mais do que um recurso preventivo: será um elemento estratégico para a criação de ambientes mais seguros, eficientes e alinhados às necessidades de uma sociedade cada vez mais conectada. O futuro da segurança já está sendo construído, e a Inteligência Artificial está no centro dessa transformação.
Severino Sanches, CEO da Agora Distribuidora.