A imensa maioria das empresas brasileiras de TI vende seus produtos apenas no mercado interno, segundo dados do Censo 2012 do Setor de TI realizado pela Assespro (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação) em parceria com a MBI e a Survey Monkey. O levantamento foi realizado entre maio e julho do ano passado e contou com a participação de 300 empresas do setor.
Das companhias consultadas, 81,1% revelaram ser "inexistente" qualquer tipo de receita proveniente do exterior. Apenas 8,4% das empresas disseram que as exportações têm alguma participação no faturamento, mas, mesmo assim, ressaltaram que o montante é "moderado", entre 1% e 15%, enquanto 6,7% responderam que a contribuição das vendas externas é "marginal", de somente 1%.
Ainda conforme o levantamento, as companhias que classificam as exportações como “importantes” — que respondem por 15% a 60% do faturamento — somam 3,5%. Já entre aquelas em que as vendas externas são “majoritárias”, com 60% ou mais de participação no faturamento, estão apenas 0,4%. O dado interessante é que todas as empresas desta última categortia são de pequeno porte. As grandes empresas são as que atribuem a participação das exportações como “importante” e têm, em média, 10% do faturamento total provenientes da venda de serviços ou produtos ao exterior.
A pesquisa mostra ainda que, das empresas que exportam tecnologia e serviços, a maior parte está localizada na região Sudeste. Daquelas cujas exportações têm participação majoritária, a esmagadora maioria está instalada em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Os Estados Unidos são o país que mais compra tecnologia e serviços de emrpesas brasileiras, respondendo por 7,7% das exportações. Atrás aparecem o México, Argentina, Colômbia e Canadá, com 4,6%, 3,9%, 2,8% e 2,1% de representatividade, respectivamente. Já a Espanha, Reino Unido, França e Alemanha representam 1,8%, 1,1%, 1,1% e 1,1% cada.