O Google anunciou uma fusão com a Nest, empresa que cria dispositivos para casas conectadas. A Nest já foi um departamento dentro do Google e há três anos opera dentro do mesmo conglomerado, a Alphabet.
A separação entre Google e Nest começou em 2015, quando a Alphabet foi criada para gerenciar as duas empresas e todas as outras que surgissem a partir do Google, como a companhia de carros autônomos Waymo, por exemplo.
No entanto, a origem da Nest é ainda mais antiga. A empresa foi fundada como uma startup em 2010 por um dos ex-líderes da Apple, Tony Fadell. Foi comprada pelo Google em 2014 por US$ 3,2 bilhões.
A partir de agora, a Nest deixa de ser uma empresa "quase independente" e passa a integrar o departamento de hardware do Google, comandado por Rick Osterloh, responsável por dispositivos como o smartphone Pixel, o Chromecast, o Pixelbook e o Google Home.
Osterloh, em entrevista ao CNET, explicou que o objetivo é alinhar a produção de hardware ligado a inteligência artificial dentro da Alphabet sob um mesmo teto. "Todos os investimentos do Google em inteligência artificial e aprendizado de máquina podem se beneficiar dos produtos da Nest. Apenas faz sentido que eles sejam desenvolvidos juntos", disse o executivo.
Entre os produtos vendidos pela Nest estão termostatos, detectores de fumaça, câmeras de segurança e campainhas de vídeo. Tudo conectado à internet para que o usuário possa controlar diversas funções da casa pelo smartphone ou PC.
De acordo com o último relatório fiscal da Alphabet, a Nest é a única empresa do núcleo de "apostas" da organização – isto é, investimentos em tecnologias para o futuro que não têm relação com o negócio de publicidade que sustenta o Google – a dar algum lucro, ainda que os números exatos não sejam divulgados.