A TIM espera registrar uma receita de aproximadamente R$ 35,6 bilhões no Brasil durante o triênio 2006, 2007 e 2008. Nesse mesmo período, o Capex da empresa no País será de R$ 5,7 bilhões.
Ano após ano, a relação Capex/receita da TIM Brasil tem melhorado. O Capex equivalia a 45% da receita em 2004, caiu para 29% ano passado e será de 16% na previsão para o próximo triênio.
Os números são fruto da apresentação anual feita pela Telecom Italia a analistas internacionais, nesta quarta-feira, 8, em Milão.
A TIM Brasil registrou uma receita de R$ 8,784 bilhões em 2005, o que representa um crescimento de 34,2% em relação ao ano anterior. O Ebitda subiu 53,5%, passando dos R$ 920 milhões de 2004 para R$ 1,412 bilhão em 2005. O Ebit, por sua vez, foi negativo em R$ 574 milhões ? um pouco pior que os R$ 471 milhões negativos registrados em 2004. A empresa espera alcançar o break even este ano.
A receita mensal média por usuário (Arpu) foi de R$ 33,6 no quarto trimestre de 2005, valor 24% maior que a média entre Vivo e Claro no mesmo período.
A participação dos serviços de valor adicionado na receita total de serviços da empresa subiu de 3,2% para 5%, entre 2004 e 2005. A previsão é atingir 9% em 2008.
Base
A TIM Brasil encerrou 2005 com 22,2 milhões de linhas em sua base, sendo 82% GSM. Isso representava, em dezembro, um market share de 23,4%. O crescimento da base da empresa em 2005 foi de 48,3% ante 31,4% da média do mercado.
A operadora espera chegar a 27 milhões ao fim de 2008, mantendo um market share de aproximadamente 24%. A companhia prevê que o País terá 107 milhões de linhas celulares em 2008.
Aproximadamente 60% do crescimento da base da TIM em 2005 se concentrou nas classes D e E. Segundo a TIM, a penetração nas camadas menos abastadas subiu de 34% para 42% no ano passado.
Na classe C, aumentou de 48% para 62%. Outro dado interessante: 70% das adições brutas da TIM são de clientes provenientes de outras operadoras. O percentual está acima da média do mercado, que gira em torno de 50%.
Regulamentação
Em sua apresentação de slides durante a conferência internacional, o presidente da TIM Brasil, Mario César Araújo, apontou algumas das perspectivas da empresa no âmbito regulatório.
A portabilidade numérica em telefonia celular, por exemplo, é vista com bons olhos pela companhia, pois pode ser uma oportunidade para diminuir a diferença de market share para a Vivo, líder do mercado brasileiro. A TIM espera que as regras para a portabilidade sejam definidas este ano e que a implementação aconteça em 2007.
A respeito da 3G, Araújo acredita que as consultas públicas aconteçam este ano; o leilão no ano que vem; e a entrada em operação apenas em 2008.
Provera
O Brasil mereceu atenção especial do presidente mundial da Telecom Italia, Marco Tronchetti Provera, em sua apresentação.
Logo na abertura da conferência, ele disse que o Brasil é um dos países onde a Telecom Italia mais investe e destacou a forte queda do risco-país nos últimos meses: ?É um mercado valioso?, disse