A Oi, braço móvel do grupo Telemar, registrou um lucro líquido de R$ 138,1 milhões no ano passado. O resultado foi impactado por créditos fiscais da ordem de R$ 290 milhões. Em 2005, a operadora celular havia tido um lucro líquido de apenas R$ 11 milhões.
A receita operacional bruta anual da Oi atingiu R$ 4,85 bilhões, o que representa um aumento de 29%. Com exceção da venda de handsets, cuja receita caiu, e de chamadas em roaming internacional, cujo faturamento permaneceu estagnado, em todos os outros itens a Oi melhorou seu desempenho financeiro.
Em assinatura, a receita subiu de R$ 461 milhões para R$ 746 milhões. Em chamadas originadas, o faturamento aumentou de R$ 965 milhões para R$ 1,4 bilhão. Por sua vez, a remuneração pelo uso de rede cresceu de R$ 907 milhões para R$ 1,34 bilhão. Um dos maiores aumentos foi no segmento de dados e serviços de valor adicionado, cuja receita cresceu 52%, passando de R$ 182 milhões para R$ 277 milhões.
A principal razão para a melhora dos resultados da Oi foi o crescimento de sua base de clientes. Ao fim de dezembro, a operadora tinha 13,1 milhões de assinantes.
Ao longo de 2006, sua base aumentou 26%, com uma adição líquida de 2,7 milhões de usuários. Essa expansão ficou acima da média do mercado brasileiro no ano passado, que girou em torno de 16%. Para 2007, a empresa projeta fechar o ano com 15 milhões de clientes.
A receita operacional líquida da Oi em 2006 foi de R$ 3,56 bilhões, 24% a mais que no ano anterior. Os custos e despesas operacionais da empresa subiram quase 30%, alcançando R$ 3,1 bilhões. O que mais aumentou foi o custo de interconexão, que triplicou, atingindo R$ 748 milhões.
Em compensação, o custo de mercadorias vendidas caiu de R$ 836 milhões para R$ 538 milhões, em razão da redução no subsídio de aparelhos celulares. O Ebitda da Oi foi de R$ 439 milhões em 2006, 4,6% a menos que em 2005. A margem Ebitda no ano foi de 12,3%. Em 2005, a margem fora de 16,1%.