O acesso à internet é um direito fundamental da humanidade para 87% das pessoas, de acordo com estudo feito pela consultoria canadense GlobeScan, encomendado pelo BBC World Service, serviço internacional de rádio da rede pública britânica. Segundo o levantamento, 87% das pessoas que têm acesso à rede mundial de computadores advogam essa tese, enquanto 71% dos que não têm acesso também querem ter o mesmo direito.
A pesquisa, que ouviu 27 mil adultos em 26 países, também constatou que 78% dos internautas acreditam que a web trouxe mudanças positivas às suas vidas, enquanto 51% disseram gostar de passar o tempo navegando em redes sociais e sites de relacionamento. A Coreia do Sul foi o país em que mais pessoas (96%) avaliaram a internet como direito fundamental, seguida pelo México (94%) e Brasil (91%).
No entanto, as opiniões quanto à segurança da rede mundial se dividem, já que 48% das pessoas dizem se sentir seguras para trocar opiniões on-line e 49% discordam. Gana foi o país em que mais pessoas se mostraram preocupadas com o que dizem on-line, com 74% dos internautas. Logo depois na lista vem a Alemanha, com 72%, e a Coreia do Sul, com 70%.
Os brasileiros, apesar de seguirem o entusiasmo mundial com a Internet, não a colocam como prioridade absoluta em suas vidas, como a média mundial. Cerca de 55% dos internautas do mundo declararam não conseguir viver sem acessar a web, enquanto no Brasil 71% disseram que viveriam tranquilamente sem ela.
Análise da GlobeScan também constatou que, ao contrário do que os números de usuários de redes sociais apontam, a maioria (47%) dos internautas do mundo acessam a rede mundial como fonte de informações, apenas 12% a usam para fins de entretenimento e 5% como ferramenta de busca, pesquisa e compra de produtos ou serviços.
- Mundo conectado