Microsoft e Yahoo renovam acordo na área de buscas, mas Marissa Mayer planeja pôr fim à parceria

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A Microsoft e o Yahoo estenderam por mais 12 meses a parceria que mantêm no segmento de buscas na internet. Assinado em 2009 e renovado algumas vezes desde então, o acordo garante receita ao Yahoo quando os usuários utilizam a ferramenta de buscas da Microsoft, o Bing. A informação veio a público em um documento protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. A CEO do Yahoo, Marissa Mayer, porém, tenta desfazer o acordo desde que assumiu o posto, alegando que ele não está propiciando os ganhos de mercado ou o estímulo à receita esperados. Segundo fontes ligadas ao assunto ouvidas pelo The Wall Street Journal, apesar das tentativas da executiva, a Microsoft não estaria interessada em interromper o trabalho conjunto.

O fato é que a receita do Yahoo com buscas tem sido pior com o mecanismo da Microsoft quando comparada a obtida à época seu buscador próprio, integrado ao sistema de anúncios proprietário. Além disso, o Google tem demonstrado interesse em iniciar uma parceria,  "mais lucrativa", com a empresa — intenção que já foi esboçada em 2008, mas não avançou. Tanto o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) como outros órgãos antitruste barraram a aliança. Vale lembrar que Marissa já foi uma das principais executivas do gigante das buscas.

Procurado pelo jornal americano, o Yahoo não quis comentar uma possível aliança com o Google. "A Microsoft é um parceiro importante, continuamos trabalhando juntos para aumentar a participação no mercado de buscas e melhorar sua monetização", afirmou, em nota. A Microsoft, por sua vez, ressaltou a parceria para "reforçar os negócios e entregar a melhor escolha e valor para anunciantes e clientes".

Mesmo assim, o Yahoo não deve desfazer a união com a Microsoft até meados de 2015, segundo pessoas próximas à companhia, quando o contrato chega à metade de sua vigência. Há uma cláusula que dá mais liberdade ao Yahoo caso a receita com buscas caia abaixo de um nível estabelecido, mas esse valor, mesmo insatisfatório, vem aumentando e não parece provável que chegue a esse ponto. Outra possibilidade seria a venda do Bing, hipótese cogitada pela Microsoft no ano passado.

A receita com buscas representa um terço do faturamento do Yahoo e aumentou 6%, para US$ 409 milhões no primeiro trimestre deste ano, comparada com mesmo período do ano passado.

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