Pesquisa realizada em 2005 pela Febraban ? Federação dos Bancos Brasileiros, envolvendo quase 40 dos maiores bancos do universo de 161 instituições, mostra a importância desse setor que movimenta em gastos cerca de R$ 13 bilhões e investiu cerca R$ 4,6 bilhões em novas aquisições e manutenção da base instalada naquele ano.
Se levar em conta a desvalorização do dólar em relação ao real, que foi de 16,6% no período da pesquisa, o investimento cresceu de 11%. No ano anterior ele foi de 8%. As despesas foram divididas em 20% para aquisição de equipamentos; 20% com pessoal; 28% com desenvolvimento e manutenção em casa (apesar do volume de terceirização ter crescido); e o restante com despesas gerais.
Como destaque da pesquisa pode-se citar o crescimento dos postos de correspondentes bancários, que evolui de 2004 para 2005, 51,1%, atingindo o número de 69.546 postos. Outro destaque é número de transações bancárias pela Internet, que cresceu 45%, passando de 18,1 milhões de transações para 26,3 milhões de transações.
A pesquisa revela ainda que o sistema operacional Linux ganhou mais espaço nos servidores das instituições financeiras, enquanto o Windows perdeu terreno. O número de servidores Unix/Linux passou de 2.241 unidades em 2004 para 2.347 em 2005, crescimento de 5%. Já o Windows caiu de 11.863 servidores em 2004 para 10.302 em 2005, queda de 13%.
A razão desse fato pode ser creditada ao projeto do Banco do Brasil que adotou software livre em cerca de suas quatro mil agências, fato considerado um case mundial de adoção dessa plataforma. O projeto, inclusive, será apresentado no Congresso do CIAB, entre os dias 21 e 23 próximos.
No item terceirização, as telecomunicações respondem pelo maior percentual, com 68% do bolo, seguida por serviços de impressão com 62%, processamento de cartões e projetos e desenvolvimento de aplicativos com o mesmo índice de 52% cada, help desk (48%), fábrica de software (43%), manutenção de sistemas legados (43%), backup site (38%), infra-estrutura de CPD (29%) e body shop (20%).
Para alegria de uns e tristeza de outros, os recursos computacionais dos bancos continuam crescendo com mainframes, que teve um acréscimo de número de Mips de 2004 para 2005 de 19% (de 228.701 Mips para 272.442 Mips). Armazenamento com 22% ( de 2.154 unidades para 2.628 unidades) e estações de traballho/PCs/notebooks com 21% ( de 162.813 unidades para 197.672 unidades) foram os itens que mais cresceram.
Além dos servidores Windows, o outro único item que decresceu no quesito infra-estrutura foi terminal de caixa, com redução de 1% (de 120.015 terminais para 119.233 unidades).