Alvo de investigações dos principais órgãos reguladores do mundo, o Google decidiu contratar uma consultoria em segurança digital para apurar os supostos erros do software de conexão à internet que levaram os carros do Street View, o projeto de mapeamento das ruas do site de buscas, a armazenar os dados de acesso à internet de usuários em redes sem fio.
Segundo informações da versão on-line do Mercury News, maior jornal do Vale do Silício, na Califórnia, a consultoria Stroz Friedberg deve publicar um relatório sobre o Street View até o fim desta semana explicando como o código defeituoso foi incluído nos software dos carros. A consultoria já havia sido contratada pelo Google para apurar os ciberataques na China, em janeiro deste ano, mas agora seu papel será investigar o próprio Google e publicar um documento detalhado todas as falhas técnicas dos carros do Street View.
Procurados pela reportagem do site, o Google negou a contratação da Stroz Friedberg, apesar de a consultoria confirmar a elaboração do relatório, e não quis dar mais detalhes.
O Google admitiu ter armazenado as informações pessoais de acesso à internet de internautas, no dia 14 de maio, quando uma investigação conduzida pelo governo alemão descobriu o problema. À época, o site de buscas declarou que a coleta foi feita sem o conhecimento dos técnicos responsáveis e atribuiu a culpa a um problema no software que permitia o acesso à internet nos carros do Street View.
No entanto, órgãos reguladores da França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Estados Unidos iniciaram investigações para verificar quais leis de privacidade foram infringidas durante o mapeamento. De acordo com Mercury News, o Google armazenou mais de 600 gigabytes em 30 países.
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