A Microsoft e a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, iniciaram uma nova rodada de discussões para tratar das acusações da gigante de software de violar a lei antitruste no continente.
Segundo declaração dada ao jornal Financial Times por uma fonte envolvida com o caso, que não quis se identificar, as conversações são uma resposta da Microsoft à decisão da Comissão de impor uma pena severa à empresa por integrar seu navegador Internet Explorer ao sistema operacional Windows para venda no mercado.
As discussões entre a empresa e o órgão regulador em relação ao Internet Explorer acontecem há pelo menos dois anos, mas a Comissão deseja que desta conversa saia a decisão definitiva sobre o destino da Microsoft, o que representa a última chance para a empresa de tentar um acordo com o órgão regulador europeu.
A comissária europeia para a concorrência, Neelie Kroes, declarou que pretende resolver esse assunto o mais rápido possível, para que seja publicada uma sentença já no fim deste ano.
As investigações começaram em 2007, depois de uma denúncia da Opera Software, fornecedora do navegador de web de mesmo nome, alegando que a prática de vender o Windows com o Internet Explorer pré-instalado prejudicava a competição do setor. Em setembro do mesmo ano, a Comissão ganhou o poder de investigar todo e qualquer software que a Microsoft colocasse à venda junto ao seu sistema operacional.
De acordo com a fonte, a Comissão Europeia está explorando diferentes maneiras de forçar a empresa de Bill Gates a oferecer ao consumidor mais opções de browser, seja colocando uma lista de links para downloads de diferentes produtos, seja instalando os software concorrentes no próprio Windows.
A Microsoft, por sua vez, declarou que venderá seu sistema operacional na Europa sem nenhum browser instalado, uma medida para tentar atender às exigências da União Europeia.
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