Depois de 17 anos atuando no Brasil por meio de parceiros de negócio, a Nice Systems decidiu abrir uma filial no país no começo deste ano. O novo escritório é a primeira unidade da empresa na América Latina. Sem divulgar o valor investido na subsidiária, Luiz Fernando Camargo, presidente da Nice Systems para o Brasil, diz que entre as razões de a empresa ter decidido pela atuação própria no Brasil estão o crescimento do mercado nacional de TI, a atual relevância da economia brasileira, a importância do mercado nacional e da atuação da Nice Brasil para a operação mundial.
"A participação da Nice do Brasil para a receita mundial da companhia é superior à média do mercado", afirma o executivo, sem citar cifras. Tradicionalmente as subsidiárias brasileiras de empresas de TI respondem por 1% a 3% da receita mundial.
Camargo frisa que a empresa manterá a estratégia de investir no mercado brasileiro, principalmente para atingir a meta de duplicar a operação nos próximos três anos. Entre as ações está a criação de um laboratório no país para dar suporte a clientes mundiais que atuam no mercado nacional. "Possivelmente, o investimento no laboratório ocorrerá no ano que vem", diz o executivo, ressaltando que os estudos para a sua implantação ainda estão em fase inicial. Aumentar a presença no mercado de segurança também é outra estratégia que será adotada pela Nice Systems para atingir a meta de crescimento no país.
Para tal, a empresa vai contar com a ajuda da eglue, fornecedora de sistema de análise de desktops em tempo real, adquirida recentemente por US$ 29 milhões. O negócio, que ainda está sujeito a aprovação de acionistas e de órgãos reguladores, teve como objetivo ampliar o seu portfólio de soluções de análise de negócios (business analytics). A previsão da Nice é que a transação seja concluído ainda neste trimestre.
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