A Bomesp (Bolsa de Moedas Virtuais Empresariais de São Paulo) anuncia o ingresso da Bleu em seus negócios, via participação acionária. A Bleu foi a primeira exchange da América Latina a mudar seu escritório para Malta, a Bleutrade – hoje, a única corretora de criptomoedas originalmente brasileira com licença operacional naquele país.
A participação da Bleu na Bomesp, cujo valor não foi revelado, tem o objetivo de impulsionar a Bolsa nos mercados local e internacional. "Um dos grandes objetivos é dar liquidez às criptomoedas empresariais perante nossa moeda local, o real", diz o advogado Fernando Barrueco, que assumiu o cargo de CEO na semana passada.
Ele acrescenta que, ao oferecer um meio de pagamento inclusivo, incorporando os desbancarizados e eliminando a necessidade de intermediários para operações financeiras, a tendência é encorajar as empresas a investirem em suas próprias criptomoedas. "Com a Bomesp, pretendemos trazer corporações para este universo", completa.
Já no cenário internacional, Barrueco explica que "a ideia é expandir a bomesp.com, facilitando o desenvolvimento da security tokens (STO), que é um mercado regulado."
Com a participação da Bleu, a partir de agora, a Bomesp passa a constituir Sociedade Anônima (S.A.) e Fernando Barrueco, atual diretor, assume o cargo de CEO.
O incremento da operação internacional da Bomesp tem relação direta também com o recente anúncio da criptomoeda do Facebook. "É o início de uma nova era para as criptomoedas empresariais e nós acreditamos que stablecoins, como a Libra, serão responsáveis pelo desenvolvimento da economia distributiva", afirma Barrueco.
"Mas para fazer a roda da economia distributiva girar, será necessária uma conta digital que dê liquidez às moedas digitais e facilite seu uso pelas pessoas. Somente assim teremos pessoas fazendo compras no mercado ou pagando um café com uma criptomoeda, o que deve acontecer em breve."
Incremento tecnológico
A Bleu chega também para unir força tecnológica com a Bomesp, que opera com a tecnologia norte-americana de última geração — a mesma da Nasdaq. Com isso, a Bomesp passa a contar com uma equipe de desenvolvimento no parque tecnológico de Recife, além de sua equipe de engenheiros e desenvolvedores russos.