Mais do que um conceito moderno, a aderência ao processo de transformação digital tem impactado positivamente nos resultados de empresas de diferentes setores. De acordo com dados da consultoria McKinsey Analytics and Digital Quotient, organizações com maior maturidade digital apresentam desempenho financeiro superior, em comparação aos seus concorrentes.
Diante deste cenário, as estratégias traçadas são cada vez mais baseadas na captação e leitura inteligente de informações, fazendo com que o uso de dados seja o principal indicador para tomada de decisões mais assertivas. A pesquisa "High Stakes, High Rewards", desenvolvida pela EY Technology, aponta que 60% dos entrevistados que possuem uma estratégia de Data & Analytics estabelecida e madura experimentaram um crescimento de 15% em receita, além de melhorarem o perfil de avaliação de risco com clientes.
Como consequência do uso estratégico e reflexo da efetividade da leitura de dados, apresenta-se o conceito de Data Driven, que, ao ser aplicado, pode maximizar o potencial analítico de organizações, facilitando a identificação de pontos de melhoria e fortalecendo a estratégia de Big Data entre as empresas no mercado.
"Para o desenvolvimento efetivo da transformação digital nas instituições, é preciso que a inteligência analítica seja absorvida e faça parte da cultura organizacional, pois a análise correta dos dados pode estimular um novo ritmo de produtividade entre diferentes áreas, resultando em oportunidades promissoras para as organizações", afirma Max Camargo, CEO da Solo Network, empresa provedora de serviços gerenciados (MSP).
O executivo pontua a necessidade de um manuseio inteligente dos dados da empresa. "Contar com um banco de dados abastecido de informações não é o suficiente. É importante que haja a escolha, leitura e análise adequada das informações para que os resultados almejados sejam atingidos. No âmbito corporativo, trabalhamos diariamente com dados estruturados, agrupados por padrões fixos, e os não-estruturados, que não contam com padrões pré-definidos, como imagens, áudios e documentos em PDF, por exemplo.", destaca o executivo.
Muito além dos Dashboards
Considerado parte importante no processo de inclusão do Data Driven, os dashboards podem ser uma forma de iniciar a organização de dados, mas não são, somente, os responsáveis pela efetividade analítica nas empresas. "Estes painéis são apenas a ponta do iceberg neste processo, uma ferramenta que precisa ser somada à integração dos profissionais, ao feeling e à comunicação entre setores. Trata-se do desenvolvimento de um mindset analítico, que deve permear desde a liderança até o operacional", reforça Max.
No Brasil, país que conta com mais de 447 milhões de dispositivos digitais em uso doméstico e corporativo, de acordo com dados do Centro de Tecnologia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGVcia), a demanda pela inclusão do Data Driven é considerada recorrente, o que estimula o entendimento de empresas quanto a importância dos dados em seus respectivos resultados financeiros, de engajamento e operacionais.
Em organizações do setor público projetos com inteligência de dados também são fundamentais para mapear oportunidades de melhorias. Um exemplo é a iniciativa realizada pela Secretaria Estadual de Educação e do Esporte do Estado do Paraná, em parceria com a Solo Network, que resultou no avanço do estado na nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).