O principal desafio da educação a distância no Brasil é fazê-la chegar à escola formal, já que uso de tecnologias que permitem esse tipo de ensino ainda é muito tímido nas instituições de ensino. A avaliação é do professor da Universidade de Brasília (UnB) e vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, Marcos Formiga.
Segundo ele, mais de 50% dos três milhões de alunos que estudam a distância no país pertencem ao ambiente empresarial, onde essa modalidade de ensino está sendo largamente empregada. ?Mas nas escolas, faculdades e universidades o conservadorismo em relação ao uso dessas tecnologias é muito grande?, aponta Formiga.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor citou uma pesquisa sobre o uso do computador em universidades brasileiras. O estudo aponta que, embora os professores utilizem o equipamento no trabalho, não fazem uso do mesmo no ambiente de ensino, quando em contato com os alunos. ?É um problema cultural. Nas melhores escolas, a rede de computadores está disponível, mas o professor é pouco acostumado e treinado para usá-la na sala de aula.?
Na avaliação dele, as empresas podem ter um papel importante na disseminação da educação a distância no país. ?Elas não têm preconceitos tecnológicos e têm recursos financeiros para montar e disponibilizar uma estrutura capaz de acessar a rede de fornecedores e clientes que compõem a essência da chamada educação coorporativa?, finaliza Formiga.