O segmento de cartão pré-pago pode representar uma alternativa para os brasileiros que têm dificuldade para contratar um plano de saúde e pagar as parcelas mensais. Um opção para esse perfil de consumidor é a plataforma desenvolvida pela empresa APPI, com sede no do Rio de Janeiro, na qual investiu R$ 1,6 milhão e que já está em uso ou em fase de implantação por empresas de seguro saúde e redes de farmácias no Espírito Santo, Pará, Maranhão, Ceará e Minas Gerais.
O diretor da unidade de negócio de saúde, da APPI, Alberto Techera, explica que na solução do pré-pago saúde cada consulta, independentemente da especialidade médica, custa R$ 50. O preço dos exames varia de acordo com o tipo, mas têm os valores previamente fixados. O usuário pode carregar apenas o valor que vai usar na rede credenciada. "Dessa forma, não existe uma despesa mensal fixa como nos planos de saúde; o aproveitamento é extensivo a toda a família (não havendo um custo para cada membro) e o preço é mais acessível e não há restrição de uso", afirma.
Na divisão dos R$ 50, o médico fica em R$ 42 e os restantes R$ 8 são divididos entre o emissor e a APPI. O usuário paga ainda uma taxa de adesão e recebe um guia com a relação dos médicos e todos os protocolos de utilização.
Para implantar o modelo pré-pago, a APPI criou uma empresa de processamento e credenciamento que fornece a rede por onde trafegam todas as operações com o cartão. Também foi desenvolvida uma bandeira chamada Sempre. Para distribuir o cartão aos usuários, a instituição busca parcerias com redes de farmácias, empresas de transporte público e de outros segmentos que já emitem seus próprios cartões e que possam fazer com que estes tenham dupla função.
"A meta é ter em breve uma rede de recarga com mais de 120 mil pontos e, até o fim do ano, a expectativa é que tenhamos 1,3 milhão de usuários", enfatizou Techera.
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