As vendas de computadores pessoais registraram crescimento de 13% no segundo trimestre em relação ao período imediatamente anterior, totalizando 1.182 milhão de unidades, de acordo com a consultoria IDC Brasil, que publicou nesta quinta-feira, 8, o estudo IDC Brazil PCs Tracker Q4.
Do total de PCs comercializados, 436 mil foram desktops (crescimento de 10%) e 746 mil foram notebooks (aumento de 15%), dos quais 382 mil foram vendidos para o mercado corporativo (crescimento de 14%) e 800 mil para o consumidor final (aumento de 12%).
"Depois de um ano e meio em baixa, o mercado de PCs voltou a crescer no segundo trimestre. O principal fator para isso foi a estabilidade do dólar, já que a grande maioria dos componentes dos equipamentos é importada", avalia Pedro Hagge, analista de pesquisa da IDC Brasil.
No segundo trimestre, os preços dos computadores diminuíram em média R$ 333. "O tíquete médio no primeiro trimestre era de R$ 2.782 e no segundo passou para R$ 2.449. Com a melhora no preço e a necessidade de repor estoques, houve uma retomada forte nas vendas do varejo. Além disso, os fabricantes puderam oferecer melhores margens de preços e as negociações foram mais interessantes", completa o analista.
Na comparação com os meses de abril, maio e junho de 2015, quando foram vendidos 1.637 milhão de computadores, o mercado total apontou queda de 28%. Em relação aos notebooks, a queda também foi de 28%, e aos desktops, de 27%. "Os computadores ainda são indispensáveis para produção de conteúdo, mas para consumo de conteúdo têm fortes concorrentes como smartphones, TVs e tablets. No segmento corporativo, o baixo investimento em PCs está atrelado ao desemprego", analisa Hagge.
Neste ano, a IDC estima que serão comercializados 4,6 milhões de computadores, ou seja, 31% a menos do que em 2015. "De agora até o fim do ano, o mercado deve ficar estável. Para 2017, nossa previsão é de que o mercado cresça 5%", finaliza o analista da IDC.