Indústria deve otimizar dados à medida que as economias enfraquecem

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A adaptabilidade de dados será fundamental à medida que as economias desaceleram. A insegurança global e o aumento da inflação tornam os próximos meses extraordinariamente imprevisíveis para as indústrias. Além disto, fatores como gargalos da cadeia de suprimentos e escassez de mão-de-obra significavam – mesmo antes dos trágicos eventos na Ucrânia – que a confiança da indústria já estava em uma baixa de 18 meses¹. 

Uma área-chave para as indústrias em seus preparativos para o enfraquecimento econômico é a adaptabilidade de dados, de acordo com um relatório da Fujitsu: A grande aceleração de dados – As oportunidades de dados de hoje, o sucesso dos negócios de amanhã. O relatório é baseado em uma pesquisa com mais de 500 executivos C-Level em nove regiões e cinco setores² – encontrando crescente confiança entre as indústrias de que elas implementaram estratégias de dados para maximizar oportunidades. 

Os executivos do setor estão consideravelmente mais confiantes de que estão usando dados efetivamente do que outras áreas da economia. Já quando se trata de aproveitar dados para responder a problemas e fazer intervenções precisas, 65% dos líderes de indústrias acreditam que são mais eficazes agora do que antes da pandemia. Isso se compara com apenas 29% no setor público e 41% em serviços financeiros. O setor industrial também lidera o pacote no uso efetivo de dados para a tomada de decisões melhoradas, marcando 69%. 

Os líderes de TI na indústria também estão mais otimistas com a capacidade dos funcionários de acessar dados. A confiança aumentou 14% em relação aos níveis pré-pandemia, em comparação com um aumento zero no setor público e apenas 2% nos serviços financeiros. A 33ª pesquisa de uso de TI nas empresas, realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV EAESP, revelou que a média de gastos e investimentos em tecnologia no Brasil em 2021 foi de 8,7%. O setor bancário, como de praxe, segue na liderança como a vertical que mais investe em tecnologia, representando 17,9%, seguido por serviços 12,4%, indústria 5,0% e comércio 4,1%. %. 

Apesar dessas leituras positivas dos líderes da indústria, muitas empresas ainda têm um caminho a percorrer para criar organizações com as capacidades de transformação de dados necessárias que as permitam moldar-se rapidamente em qualquer circunstância. 

A Fujitsu destaca no relatório que, embora o setor industrial supere a média global em 8 dos 11 atributos investigados na pesquisa, ele não se saiu tão bem na análise das alternativas para melhorar os resultados futuros: ela atingiu apenas 50%, bem abaixo da média de de 61% considerando todos os setores. Outros elementos em que a indústria vem com respostas abaixo da média são: o uso de dados para alinhamento com colegas, regulação de monitoramento, conformidade e segurança, personalização e/ou melhoria da experiência do cliente. 

Com cadeias de suprimentos globais complexas contribuindo para a atual desaceleração da confiança da indústria global, o setor precisa encontrar maneiras de se tornar mais ágil durante este extraordinário momento de mudança. A reação da maioria de dos players globais de é aproveitar plataformas baseadas em nuvem e em nuvem híbrida para criar organizações mais ágeis e reativas. Mas ainda não chegamos lá. 

Como o relatório mostra, existem áreas-chave onde as indústrias ainda têm trabalho a fazer, especialmente na utilização de dados para personalizar e melhorar a experiência do cliente, incluindo o estabelecimento de um segmento digital completo. Prevemos que a centricidade no cliente será o próximo nível de importância para as indústrias globais que buscam reduzir custos, gerar margens mais altas e cumprir metas de sustentabilidade. 

Notas 

¹ Embora a indústria global tenha se expandido pelo 19º mês consecutivo em janeiro de 2022, de acordo com o JPMorgan Global PMI™ (compilado pela IHS Markit), a taxa de expansão desacelerou para uma baixa de 18 meses em meio ao aumento das infecções do COVID-19. 

² A pesquisa foi realizada para a Fujitsu pela Longitude, uma empresa do Financial Times. A amostra foi de 571 executivos C-level, compostos por 194 líderes de TI e 377 líderes da linha de negócios. As nove regiões incluídas na pesquisa foram: Austrália, Benelux, Canadá, Finlândia, Alemanha, Filipinas, Cingapura, Reino Unido e Irlanda e EUA. Cinco setores segmentaram ainda a pesquisa: Bancos, serviços financeiros e seguros; Governo central e defesa; Indústria; Mobilidade (transporte e automotivo); e Varejo. 

Nilton Hayashi, Head of Business Operations da Fujitsu do Brasil. 

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