A Microsoft e a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciaram nesta quinta-feira, 8, uma parceria para a criação de uma aceleradora de negócios na região do projeto Porto Maravilha. A companhia se comprometeu a revitalizar um edifício que faz parte do patrimônio histórico da cidade e, nele, estabelecerá a Acelera Rio, aceleradora de negócios voltada para empresas emergentes de base tecnológica. No local funcionarão também o Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL, na sigla em inglês) da Microsoft Research, anunciado na quarta-feira, 7.
Para o diretor-executivo da agência estadual de fomento do Rio de Janeiro (AgeRio), Marcelo Haddad, a iniciativa da Microsoft colabora para que a cidade se estabeleça como um polo de tecnologia: “Investimentos em tecnologia acontecerão com mais intensidade nos próximos anos, e a Microsoft consolida o Rio de Janeiro como um hub tecnológico”, prevê. Haddad informou que um projeto bastante parecido com este será desenvolvido também pela Cisco na região do portuária.
As obras do edifício terão início de 2013, mas espera-se que a aceleradora comece suas atividades a partir de janeiro, em um espaço temporário cedido pela Universidade Estácio de Sá. Serão selecionadas 15 startups a serem apoiadas em dois anos, com elaboração de planos de negócios, suporte tecnológico e financeiro e capacitação técnica. Parceiros como a NEC, a agência de fomento do governo do Rio de Janeiro, a AgeRio, a Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro, a PUC-Rio e a Capital Criativo, fundo de investimento português, articulam-se com a aceleradora. O presidente da Microsoft ressalta a importância do estabelecimento da aceleradora. “A aceleradora eleva o nível de gestão e aproxima os investidores. Investimento atrai cérebros, que atrai empreendedores”, observa.
Além do entusiasmo com a Acelera Rio, há expectativas em relação ao Laboratório de Tecnologia Avançada da Microsoft Research, que é o quarto da companhia no mundo. Para o Secretário de Política de Informática, Virgílio Almeida, o projeto é fundamental para a inserção brasileira na economia do conhecimento. “A área de tecnologia da informação é prioritária para o governo Dilma e já responde por 4,5% do PIB”, lembrou. No entanto, o secretário garantiu que não houve quaisquer tipos de incentivos fiscais por parte do governo federal para que a Microsoft optasse pelo Brasil na hora de decidir pela instalação do seu ATL. Almeida, contudo, afirmou que o governo disponibilizará recursos, como bolsas para alunos de pós-graduação estagiarem no centro. Os editais de bolsa de pesquisa serão abertos em 2013.