Segurança motiva ganhos da Cisco do Brasil

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A preocupação do mercado corporativo com a segurança da informação foi a principal alavanca de crescimento da Cisco do Brasil no último ano. Laércio Albuquerque, presidente da operação local, informa que a unidade cresceu "dois dígitos altos" e recebeu o título de "top country of de year", porque a necessidade das empresas de revisitar a política e a infraestrutura obter mais segurança resultou em investimentos em todas as áreas de atuação da companhia.

"Por força da segurança, as empresas investiram mais em soluções inovadoras de rede", exemplifica Laércio Albuquerque, nesta terça-feira, 07, durante o Cisco Live Cancún. A companhia não divulga números específicos para o mercado brasileiro e está prestes a publicar o balanço financeiro referente ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2018 encerrado em outubro, mas a expectativa é de continuar a crescer no País no mesmo ritmo nos próximos trimestres.

Segundo o executivo, a estratégia das empresas passa pela reinvenção da experiência do cliente e do funcionário com a transformação digital. O crescimento também advém do fato de o brasileiro ser "early adopter", na visão de Albuquerque, e da transformação do modelo de negócios da própria Cisco para o esquema de subscrição/serviços com software. Ainda assim, entre 69% da receita da companhia continua advinda de hardware. Considerando o negócio global, a empresa afirma ter duplicado a receita de software nos últimos dois anos para US$ 5 bilhões atualmente.

Laércio Albuquerque cita também que a escalabilidade da rede para a chegada da Internet das Coisas, a preparação para o ambiente multicloud e sobretudo o fator de segurança têm sido o objetivo do budget dos clientes da fornecedora. O executivo também indica a preparação para a IoT como grande influenciador do desempenho da empresa.

Segundo ele, cerca de 70% das empresas brasileiras que já adotaram a tecnologia visavam a melhoria na produtividade e a eficiência operacional em vez de apenas focar na reinvenção da experiência do cliente. Há também uma boa receptividade para o Plano Nacional de IoT em elaboração pelo governo, apesar de focado em verticais de saúde, manufatura e agronegócios.

O crescimento da Cisco Brasil também foi influenciado pela expansão da demanda por soluções de colaboração – telefonia, videoconferência e o sistema de mensageria Spark. A Cisco conseguiu a homologação na Anatel do hardware do Spark Board, uma plataforma de videoconferência com compartilhamento de anotações em uma espécie de quadro negro digital.

"Esse produto é importado ainda, mas esse ano atingimos 40% das vendas locais através da fábrica local. E a expectativa nos próximos três meses é de ter localização e software também vendido localmente", declara o executivo.

 A jornalista viajou a Cancún a convite da Cisco Brasil.

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