O Brasil é o país da América Latina que vem cresceendo mais rapidamente no setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC). No terceiro trimestre, o país alcançou 4,52 pontos, conquistando sua melhor marca nos dois últimos anos e deixando de ser o menor índice entre os países analisados. O gasto per capita anual em TIC foi de US$ 436, aumento de 18,2% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com o relatório Indicador da Sociedade da informação (ISI) para a América Latina, realizado pela everis, consultoria multinacional de soluções de negócios e TI, em parceria com a Escola de Negócios da Universidade de Navarra (IESE Business School), na Espanha.
Durante o período, o Brasil obteve grande destaque dentre os países analisados com crescimento em grande parte das variáveis. Um dos pontos mais relevantes é o aumento no número de celulares com 22,9% e também do número de computadores alcançando o patamar de 22,6%. "Para 2009, a projeção é que esses números continuem elevados, pois o Brasil possui um grande potencial de desenvolvimento nos setores de TI e telecom", afirma Teodoro López, sócio-responsável por telecomunicações da everis Brasil.
A quantidade de celulares no Brasil chegou a 711 aparelhos para cada mil habitantes no terceiro trimestre, sendo que apenas em agosto foram adiconadas três milhões de novas linhas no país, mantendo o país na quinta posição do mundo em número de celulares, com aproximadamente 130 milhões de aparelhos.
Em relação ao número de PCs, o mercado brasileiro atingiu a marca de 213 para cada mil pessoas, o que coloca o país como o quarto maior mercado de PCs no mundo. Além disso, o Brasil possui 285 usuários de internet para cada mil pessoas, aumento de 13,2%; três servidores para cada mil pessoas, alta de 14,3 % e 15 domínios de internet para cada mil pessoas, incremento de 22,4%.
Esses resultados são atribuídos ao cenário de inflação na faixa de 6,2% até o terceiro trimestre, à diminuição da análise de risco e a queda sensível nos níveis de desemprego de 9,3% para 7,7%. Além disso, o país registrou uma discreta melhora na pontuação de infra-estrutura, com destaque para eficiência energética.
Para os próximos trimestres, as projeções para o Brasil indicam crescimento maior que a média regional, dependendo do comportamento da meta inflacionária, que deve girar em torno dos 4,7%. Esse fato pode ser suficiente para compensar o menor crescimento da economia e do PIB per capita, que deve chegar a US$ 8,4 mil, 2% superior ao mesmo período do ano passado.
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