A Intel espera sair na frente da concorrência com o surgimento de um novo componente de comunicação óptica baseado em silício, o qual pode reduzir os custos e aumentar a velocidade na transmissão de dados, melhorando o desempenho em comparação aos dispositivos ópticos disponíveis atualmente.
O silício óptico é uma tecnologia emergente que usa o silício padrão para enviar e receber as informações entre computadores e outros dispositivos eletrônicos. Segundo a Intel, a tecnologia tem por objetivo resolver futuras necessidades de banda para transmissão de dados, aplicações de computação intensiva, como a medicina remota e aplicações virtuais 3D.
Uma equipe liderada por pesquisadores da Intel criou o silício baseado em APD, sensor de luz que atinge maior sensibilidade através da detecção de luz e amplifica os sinais fracos quando a luz é direcionada para o silício. Esse dispositivo pode conseguir um "ganho de largura de banda para o produto" de 340 GHz – o melhor resultado para esta medida, segundo a fabricante.
Isso abre a porta para reduzir os custos de ligações ópticas de dados com velocidades de 40 Gbps ou superiores e demonstra, pela primeira vez, que um dispositivo óptico de silício pode exceder o desempenho de um dispositivo feito com os tradicionais e mais caros materiais, tais como os dispositivos ópticos de índio fosforado.
"Esse resultado da pesquisa é outro exemplo de como silício pode ser usado para criar dispositivos ópticos de alto desempenho", declarou Mario Paniccia, Ph.D., Fellow Intel e diretor do Laboratório de Tecnologia Fotônica da empresa. Segundo ele, além de comunicação óptica, esses dispositivos à base de silício também poderão ser aplicados a outras áreas, tais como sensores, criptografia quântica ou aplicações biológicas.
Segundo a empresa, a transferência ultrarápida de dados será essencial para os futuros computadores operados por processadores de muitos núcleos. Assim, o silício óptico poderia fornecer tecnologia de alta velocidade a um custo menor.
Esse avanço tem por base descobertas anteriores, como os moduladores de silício da Intel e o laser de silício híbrido. "Combinadas, essas tecnologias poderão levar à criação de formas completamente novas de máquinas digitais capazes de desempenho muito maior do que hoje", completou a empresa. No entanto, a descoberta da Intel foi contestada por alguns pesquisadores da tecnologia.
- Nova safra?